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Ilda Figueiredo, uma força da natureza, celebrada em livro

Como punhos para decifrar o futuro é um reconhecimento de 70 pessoas, entre as quais Valter Hugo Mãe e Álvaro Siza Vieira, que vêem em Ilda Figueiredo uma força da natureza. A obra é apresentada em Lisboa, esta terça-feira.

CréditosEstela Silva / Agência Lusa

«Vi mil pessoas grata em torno da Ilda. Quando andamos pelas inaugurações das galerias de arte, quando nos encontramos para conversar, é tão frequente que alguém venha fazer uma festa de grande alarido ao ver a vereadora da Câmara do Porto. [...] Por norma, devem à Ilda a conquista de suas casas e seus empregos, devem-lhe pelo auxílio efectivo na fome ou na doença». O excerto é do texto que Valter Hugo Mãe dedica à antiga autarca e actual presidente do Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC), em Como punhos para decifrar o futuro / Para Ilda Figueiredo. A obra coordenada por Agostinho Santos, jornalista e artista plástico, é um reconhecimento de Ilda Figueiredo, economista e antiga eleita à Assembleia da República e ao Parlamento Europeu, como uma força da natureza. «Mãe política», «mulher de causas», «lutadora», «incansável» e «uma das imprescindíveis» são alguns dos epítetos atribuídos na obra a Ilda Figueiredo, que amanhã estará presente na sessão de apresentação que terá lugar às 18h, na Casa do Alentejo, em Lisboa. 

«Os ideais por um mundo melhor fervem-lhe nas veias», assinala Agostinho Santos, cuja ideia deste livro lhe surgiu «numa noite fria e chuvosa noite de Abril». Rompe dentro de mim a ideia [...] da construção desta viagem de reconhecimento a uma mulher que dedicou e continua a dedicar uma vida em prol dos seus ideais, a favor dos mais desprotegidos e por um Mundo melhor», prossegue Agostinho Santos, a quem se juntam, para apresentar o livro, Isabel Camarinha e João Ferreira, que fazem parte dos 70 que assinam a obra, e Luís Jorge Gonçalves, professor da Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa. 

«Contigo aprendemos que é possível manter energia para prosseguir um combate generoso pela Paz no mundo, sem tergiversar, sem perder o norte em termos políticos», lê-se na dedicatória de José António Gomes a Ilda Figueiredo. Nas suas leituras, escreve Mário Cláudio, «mora um pequeno deus antiquíssimo em que nenhum de nós acredita, mas sem o qual ninguém se atreve a viver». 

«Que força é essa, Ilda, que força é essa, amiga, que te faz carregar o mundo e os sonhos dentro da cabeça?», indaga Miguel Miranda. Ao longo da obra composta por textos e imagens, os autores, como Alfredo Maia, Álvaro Siza Vieira, Balbina Mendes, Manuel Sobrinho Simões, Manuela Espírito Santo e Suzana Ralha, entre outros, surgem ordenados por ordem alfabética.   

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