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«Vamos continuar a lutar pelos nossos direitos»

Depois de as eleições para a Comissão de Trabalhadores da Efacec Energia terem ficado marcadas pela «pressão» da administração, os trabalhadores alertam que vão continuar a defender os seus interesses.

Concentração durante a greve dos trabalhadores do Grupo EFACEC contra os despedimentos, na entrada da empresa situada no Parque Industrial da Arroteia, em Matosinhos, 23 de Março de 2018
Concentração durante a greve dos trabalhadores do Grupo EFACEC contra os despedimentos, na entrada da empresa situada no Parque Industrial da Arroteia, em Matosinhos, 23 de Março de 2018CréditosRui Farinha / Agência Lusa

Foi na última sexta-feira que a Comissão de Trabalhadores (CT) da Efacec Energia denunciou o «acto vergonhoso» – o «envolvimento, pressão e chantagem» da administração da empresa nas eleições de quinta-feira para aquele órgão, do qual diz ter saído vencedora uma lista de «chefias envolvidas no despedimento colectivo em curso».

Os membros da lista vencida criticam «estes processos divisionistas» e dizem-se «comprometidos com a defesa dos interesses dos trabalhadores e disponíveis para resistir à pressão e à chantagem». Quanto à administração da Efacec, avisam que «não conseguirá acabar com a resistência [...] e a luta pelos direitos, por salários dignos e contra a exploração».

Fonte da CT contactada pelo AbrilAbril revela que a situação teve, inclusive, contornos caricatos, seja porque os candidatos da lista B, promovida pela administração, «não sabem o que é uma comissão de trabalhadores», seja pelo desconhecimento da entrada de membros na nova comissão através do método Hondt. Perante o desconhecimento, e de acordo com testemunhas, houve quem tenha ficado surpreendido por não ter sido eleito, especialmente por «ter recebido garantias» de que seria. 

Mais sério é o despedimento colectivo em curso que, segundo comunicado da CT cessante, visa «muitos dos mais destacados, coerentes e combativos trabalhadores», alguns dos quais integravam a Lista A, que obteve 42% dos votos. Entre os pontos do programa, a lista B atestava que iria apoiar os trabalhadores que tinham sido alvo deste processo, oferecendo-lhes melhores condições.

Prazos certos para pressionar

Foi em Maio que a empresa avançou com a decisão de despedir 21 trabalhadores das áreas de engenharia e de transformadores. Três aceitaram a rescisão e os restantes 17, com uma média de idades à volta dos 36 anos e com 15 anos de empresa, «em princípio» irão a tribunal.

Fonte da CT afiança ainda que «tudo está a ser feito com timmings muito direitinhos para pressionar» os trabalhadores. «O despedimento termina a 25 de Agosto, época de preparação da entrada das crianças na escola. Imagine o que é entrarem 20 mil ou 30 mil euros na conta bancária quando está a pensar nas compras de livros para os filhos, etc., é mais fácil as pessoas cederem», advoga. 

Ouvido na Comissão parlamentar do Trabalho e Segurança Social, no passado dia 18 de Abril, o presidente da Efacec afirmou que a empresa não estava a despedir trabalhadores e negou a existência de processos de afastamento dos funcionários mais reivindicativos.

Aos deputados, Ângelo Ramalho admitiu então que «não há nem houve despedimentos na Efacec», salientando que os trabalhadores saem por limite de idade, porque resolvem mudar de vida ou por comum acordo. 

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