Os trabalhadores da ERSUC exigem respeito pelas suas estruturas representativas, o início da negociação para a contratação colectiva e aumentos salariais para todos e, por isso, avançam para a greve nos próximos dias 27 e 28 de Janeiro, explica o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional (STAL/CGTP-IN) em nota enviada à imprensa.
Joaquim Sousa, dirigente do STAL, em declarações ao AbrilAbril denuncia aquilo que considera ser uma decisão inadmissível do Tribunal Arbitral, que se revelou um «tribunal dos patrões», ao determinar «verdadeiros serviços máximos».
«Está em causa o direito à greve, enquanto direito fundamental», alerta o dirigente, que explica que «para além da imposição pelo Tribunal Arbitral de trabalho por parte de 59 trabalhadores», os patrões estão a «ameaçar os 90 trabalhadores com vínculo precário de não renovação, caso façam greve».
O STAL condena ainda a «atitude da administração da holding, que se recusa a iniciar qualquer processo de negociação colectiva global ou local» de uma empresa que tem ao serviço 400 trabalhadores para tratar os resíduos dos distritos de Aveiro, Coimbra e Leiria, servindo uma população de perto um milhão de habitantes.
As estruturas representativas dos trabalhadores exigem também a valorização dos trabalhadores e das suas carreiras profissionais e a melhoria das condições de trabalho.