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Trabalhadores do BNP Paribas realizam o seu primeiro plenário

A instituição bancária, com mais de 7 mil funcionários em Portugal, recusou-se a prosseguir as negociações com o Sintaf/CGTP-IN. Trabalhadores querem as 35h e um subsídio de alimentação igual ao restante sector bancário.

Créditos / yahoo

Mais de 40 trabalhadores do BNP Paribas participaram, na passada quinta-feira, no primeiro plenário organizado por funcionários desta instituição bancária, precipitado pela recusa do banco em continuar o processo negocial com o Sindicato dos Trabalhadores da Actividade Financeira (Sintaf/CGTP-IN).

A proposta de Acordo de Empresa (AE) apresentada pelo Sintaf, explica o sindicato, contemplava a «aplicação de um horário de trabalho de 35h semanais, a progressão de carreiras por senioridade e um subsídio de alimentação igual ao do restante sector bancário». O BNP não só recusou esta proposta como ainda tentou, com desplante, vender o AE do MAIS Sindicato/UGT, um acordo mais ao jeito dos patrões, visto não incluir nenhuma destas reivindicações.

O Sintaf exigia também um seguro de saúde que não o SAMS ou o SAMS Quadros, seguros geridos por outro sindicato (UGT).

Não querendo destoar da forma como conduziu toda a reunião, o BNP Paribas fez ainda questão, expressando o seu carácter anti-democrático, de deixar registado que «repudiava a distribuição de um panfleto junto aos trabalhadores», panfleto este no qual constavam as reivindicações do Sintaf nestas negociações. 

Plenário é unânime: trabalhadores querem melhores salários, horários de trabalho e transparência

Os lucros do grupo BNP Paribas ultrapassaram os 10,2 mil milhões de euros  em 2022 (mais 7,5% do que os lucros em 2021, que já tinham sido recorde). «No mesmo ano em que produzimos e gerámos toda esta riqueza, e em que a inflação tanto nos atinge, o banco opta pela manutenção de uma fraca, e pouco transparente, política de bónus e aumentos», refere o documento aprovado, por unanimidade, em plenário.

Na prática, o patronato permitiu «que fossem aplicados cortes no salário real dos trabalhadores, já que o aumento não acompanhou a brutal inflação». Isto para além de permitirem «uma desconcertante ausência de critérios na atribuição de prémios».

A imposição de um sigilo no que toca aos salários no BNP (para impedir que os trabalhadores identifiquem as discrepâncias salariais), não tem «sequer enquadramento legal» para ser aplicada.

Os trabalhadores presentes em plenário assumiram o compromisso de avançar com um abaixo-assinado, dando seguimento à acção reivindicativa na empresa: pelas 35h de trabalho semanais, por um aumento extraordinário de 100 euros para todos os trabalhadores e pela valorização da senioridade, fazendo justiça aos muitos anos de dedicação dos funcionários ao BNP.

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