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Trabalhadores da Petrogal avançam para novas greves

A decisão deve-se ao facto de a administração da Petrogal continuar a não apresentar propostas que «permitam alcançar um acordo duradouro», revela a Fiequimetal.

Refinaria da Petrogal em Leça da Palmeira, Matosinhos. Foto de arquivo
Nos plenários realizados, os trabalhadores da Petrogal deixaram expressa a vontade de prosseguir e intensificar a luta, para garantir a contratação colectiva e manter os direitos laborais e sociaisCréditos / JM

A Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas (Fiequimetal/CGTP-IN) e o Sindicato da Indústria e Comércio Petrolífero (Sicop) decidiram marcar novas greves na Petrogal, com início a 17 de Dezembro, após a realização, no passado dia 28, da 11.ª reunião da comissão sindical negociadora (que ambas as estruturas sindicais integram) com a administração da Petrogal (Grupo Galp Energia).

Num comunicado, a Fiequimetal explica que a administração «continua a não apresentar propostas que permitam alcançar um acordo duradouro, com manutenção de direitos e melhoria das condições de vida e de trabalho de todos os trabalhadores».

A marcação de novas greves teve isto em conta, bem como as deliberações dos trabalhadores nos plenários realizados nos vários locais de trabalho, na segunda quinzena de Outubro, em que ficou vincada a vontade de «prosseguir e intensificar a luta, para garantir a contratação colectiva e manter os direitos laborais e sociais», lê-se no texto.

A Federação revela ainda que tais deliberações foram reafirmadas na resolução que uma delegação entregou no Ministério do Trabalho, a 15 de Novembro, quando da manifestação nacional que a CGTP-IN promoveu em Lisboa.

Travar a «ofensiva da administração»

Entre os objectivos do protesto elencados no pré-aviso de greve, contam-se: o fim da «ofensiva da administração» contra a contratação colectiva e os direitos sociais, assim como a melhoria dos salários e da distribuição da riqueza produzida pelos trabalhadores.

Defende-se também o fim da eliminação de direitos específicos dos trabalhadores de turnos e o fim da desregulação e do aumento dos horários, bem como a manutenção dos regimes de reformas, de saúde e de outros benefícios sociais, que foram «alcançados com muita luta, ao longo de muitos anos de trabalho e de riqueza produzida».

De Norte a Sul, em Dezembro e Janeiro

Na Refinaria do Porto, no Terminal de Leixões e nos parques de Viana do Castelo, Perafita, Boa Nova e Real a greve decorre das 6h de dia 17 às 6h de dia 24 de Dezembro e das 6h de dia 2 às 6h de dia 14 de Janeiro de 2019.

Na Refinaria de Sines, no Terminal de Sines e no Parque de Sines, a greve realiza-se das 0h de dia 17 às 24h de dia 23 de Dezembro e das 0h de dia 2 às 24h de dia 13 de Janeiro de 2019.

Nas instalações da Petrogal na área de Lisboa, os trabalhadores realizam greve das 14h às 18h nos dias 17, 18, 19, 20 e 21 de Dezembro, e nos dias 7, 8, 9, 10 e 11 de Janeiro de 2019.

As organizações sindicais acrescentam que foi declarada greve a todo o trabalho suplementar para as 12 horas anteriores e as 12 horas subsequentes a cada período de greve.

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