|caderno reivindicativo

Trabalhadores da Hutchinson Borrachas definem 12 reivindicações para 2024

Dezenas de trabalhadores da Hutchinson Borrachas de Portugal, empresa de Portalegre, decidiram em plenário exigir aumentos salariais de 150 euros, para 2024, e o fim da exploração do trabalho precário.

Dezenas de trabalhadores da Hutchinson Borrachas Portugal definiram, em plenário, por unanimidade, os 12 pontos do seu caderno reivindicativo. 24 de Outubro de 2023
Créditos / fiequimetal

No dia 24 de Outubro de 2023, os trabalhadores da Hutchinson Borrachas de Portugal, empresa com sede em Campo Maior, Portalegre, realizaram um plenário com a presença de dezenas de funcionários determinados a defender os seus direitos laborais e melhorar as suas condições de vida. Nesta assembleia, foi aprovado um caderno reivindicativo para 2024, destacando 12 pontos cruciais que reflectem as suas necessidades e aspirações.

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Hutchinson impõe bancos de horas nas suas fábricas

O SITE Sul denuncia que a Covid-19 está a servir de «pretexto para serem impostos bancos de horas aos trabalhadores» nas fábricas da Hutchinson, em Campo Maior e Portalegre.

Créditos / CGTP-IN

O Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Sul (SITE Sul/CGTP-IN) afirma num comunicado que, nos dias 18 e 19 de Março, a Hutchinson Borrachas de Portugal, em Campo Maior, «pressionou» os trabalhadores da empresa «para assinarem um "acordo" de banco de horas individual».

Este «acordo», que deverá vigorar pelo menos até 31 de Dezembro de 2020, teve «o parecer favorável da Comissão de Trabalhadores, sem que os trabalhadores tenham sido consultados nem informados previamente por esta estrutura representativa», denuncia na nota.

Em Portalegre, a fábrica da mesma multinacional, que tem sede em Paris e integra o Grupo Total, decidiu unilateralmente «activar o banco de horas, colocando os trabalhadores em casa a partir do dia 23 de Março, durante um período de dez dias», desrespeitando a lei, segundo o sindicato.

O SITE Sul sublinha que estas empresas, «que ocupam o pódio das exportações, dos lucros e da precariedade», devem encontrar «soluções para organizar a produção, em condições que salvaguardem a saúde dos trabalhadores», garantindo a manutenção do emprego e o respeito pelos seus direitos, «que o estado de emergência não coloca em causa».

Considera ainda que «são inadmissíveis pressões e chantagens para que os trabalhadores aceitem a retirada de direitos», acabando por «colocar os trabalhadores a pagar a factura».

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Uma das principais reivindicações, presente no caderno reivindicativo aprovado por unanimidade, é o aumento salarial de 150 euros para todos os trabalhadores, já a partir de 1 de Janeiro de 2024, uma exigência que dá resposta à urgência no reconhecimento financeiro do trabalho árduo feito na Hutchinson Borrachas de Portugal. Além disso, os trabalhadores exigem um salário mínimo de entrada de 900 euros na empresa, garantindo uma remuneração justa para todos, 25 dias de férias e a atribuição do dia de aniversário.

Outras exigências, refere o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Sul (SITE Sul/CGTP-IN), em comunicado, passam pela actualização significativa dos subsídios de refeição, diuturnidades e pagamento do trabalho noturno e aos sábados. Os trabalhadores também querem uma redução no horário de trabalho para 37,5 horas semanais, rumo ao objetivo das 35 horas em 2025.

Para além das questões financeiras, os trabalhadores da Hutchinson Borrachas de Portugal, em plenário, definiram como «crucial» a passagem de todos os trabalhadores a prazo e temporários para contratos efectivos, acabando com o recurso ao trabalho precário na empresa. É uma exigência crucial para a «estabilidade e segurança no emprego».

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