A fábrica do Grupo Renault, a Horse Aveiro (ex Renault Cacia) tem sido reconhecida e distinguidaa, ao longo dos anos, pelas suas boas práticas no que à igualdade salarial entre mulheres e homens diz respeito. Mas há sempre um senão. Apesar dos «fantásticos lucros que tem gerado», a empresa insiste, persistentemente, na imposição de um banco de horas, sempre rejeitado pelos trabalhadores.
No final do mês de Maio, dias 23 e 24, a administração da empresa avançou com um referendo ao Banco de Horas Grupal, chumbado pela larga maioria dos trabalhadores. Com a introdução deste regime de banco de horas grupal, os patrões podem obrigar o trabalhador a laborar mais duas horas de trabalho por dia, 50 horas por semana, ou 150 horas anuais de borla, deixando este trabalho extra de contar como trabalho extraordinário remunerado.
Esta posição representou um «firme NÃO a esta tentativa de imposição de uma maior "flexibilização"» das vidas dos trabalhadores e um «NÃO a uma medida que só serve os interesses da empresa e para desregular a vida pessoal, familiar e social dos trabalhadores», destaca o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Centro-Norte (SITE CN/CGTP-IN).
O SITE CN relembra que, em 2019, os trabalhadores desta fábrica da Renault cumpriram três dias de greve contra «a falta de resposta às suas legítimas reivindicações, contra a pressão exercida sobre eles, contra os ritmos de trabalho elevados e contra o clima social tóxico fomentado pela administração que exercia funções à altura». Esta rejeição do banco de horas demonstra, afirma o sindicato, que os trabalhadores não toleram voltar «aos métodos de 2019».
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