Trabalhadores da CarrisTur continuam em luta pelos salários

Os trabalhadores da CarrisTur realizaram hoje um plenário/paralisação onde exigiram da administração e do Governo o pagamento do que lhes é devido em salário desde Fevereiro de 2016.

Trabalhadores da CarrisTur continuam a luta pela a actualização dos salários segundo o CCTV
Créditos / CC BY-NC 2.0

No plenário realizado hoje pelos trabalhadores da CarrisTur, nas instalações de Cabo Ruivo, estes aprovaram uma resolução onde exigem da administração e do Governo o pagamento do que lhes é devido desde Fevereiro do ano passado. Desde essa data, a empresa decidiu unilateralmente deixar de pagar os salários de acordo com o que está assumido no Contrato Colectivo de Trabalho Vertical (CCTV).

A resolução, divulgada pelo Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP/CGTP-IN), afirma que, para os trabalhadores, «é positivo que por via da luta prosseguida por diversas formas, durante vários meses, se tenham criado as condições para que, pela aplicação da lei de Orçamento do Estado para 2017, a gerência da CarrisTur proceda à reposição da contratação colectiva existente no que respeita ao pagamento do trabalho extraordinário, em dias normais, de descanso e em feriados, na unificação do subsídio de refeição para todos os trabalhadores, no reconhecimento do dia de Carnaval como feriado e na justificação do dia de aniversário».

Os trabalhadores explicam que até ao próximo mês de Fevereiro está em dívida aos trabalhadores com salários inferiores aos 630 euros o valor de 1390 euros, «o que corresponde a mais de dois meses de trabalho à borla».

A reivindicação da CGTP-IN, da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans/CGTP-IN) e do STRUP era a reposição imediata de toda a contratação colectiva, mas a administração informou que seria reposta em 50% este mês e a restante metade em Julho de 2017. A diferença salarial entre os valores actuais e os resultantes da actualização salarial conforme o CCTV, seria reposta da mesma forma.

Para os trabalhadores, não é aceitável que após o Governo e a administração terem afirmado que era possível, em termos imediatos, a actualização salarial, venha agora a informação de que o problema será resolvido em 50 % a partir de Julho, «fugindo ao que deve aos trabalhadores desde o mês de Fevereiro».

Os trabalhadores explicam que até ao próximo mês de Fevereiro está em dívida aos trabalhadores com salários inferiores aos 630 euros o valor de 1390 euros, «o que corresponde a mais de dois meses de trabalho à borla», afirmam na resolução.

O documento informa que os trabalhadores mandatam os seus delegados e dirigentes sindicais para procederem à criação das condições necessárias à sua deslocação à residência oficial do primeiro-ministro, em data a anunciar. Esta resolução será entregue à administração da CarrisTur, ao Ministério da Economia, ao gabinete do primeiro- ministro e aos grupos parlamentares.

Tendo em conta esta situação, o PCP questionou recentemente o Governo sobre quando é que este iria dar orientações à Administração da CarrisTur «para cumprir o CCTV a que se encontra obrigada, para indemnizar os seus trabalhadores e para iniciar um processo de contratação colectiva».

Estes trabalhadores também defendem a negociação de um Acordo de Empresa (AE) ou a aplicação do AE da Carris a todos os trabalhadores da CarrisTur.

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