O Sindicato dos Trabalhadores do Comércio e Serviços de Portugal (CESP/CGTP-IN) afirma ainda, em comunicado, que faltam «condições de higiene e segurança», dando como exemplo «os espaços de trabalho pouco arejados, a falta de higienização dos filtros dos sistemas de ar condicionado e dos headsets e postos de trabalho partilhados».
Segundo o CESP, que já «enviou ofício à empresa e solicitou intervenção urgente da Autoridade para as Condições do Trabalho [ACT]», além de faltarem equipamentos de protecção individual e gel desinfectante, «o distanciamento social recomendado não é respeitado».
Queixas nos call centers e nas telecomunicações
Outras denúncias foram feitas pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicações e Audiovisual (Sinttav/CGTP-IN), que em nota à imprensa refere vários casos de lojas de telecomunicações e call centers da MEO, NOS, Vodafone e NOWO/ONI onde não existe gel desinfectante, não são respeitadas o espaço entre posições de trabalho e não são fornecidas as devidas protecções aos técnicos que reparam avarias no exterior.
Acresce que, em muitos casos, os trabalhadores têm visto negado o pedido de passarem ao regime de teletrabalho, decisão que a lei garante poder ser tomada unilateralmente pelo trabalhador.
Para a organização sindical, a falta de medidas de protecção mostra que, para estas empresas, primeiro está «o lucro» e só depois a saúde dos trabalhadores.
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