«Sucessivos governos do PS e do PSD/CDS-PP já assumiram o compromisso de valorizar» os trabalhadores da carreira profissional de Técnico Auxiliar de Saúde. No entanto, afirma a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS/CGTP-IN), em comunicado enviado ao AbrilAbril, «nada fizeram de concreto para atingir esse objectivo».
É uma «manifesta falta de vontade política de fazer justiça» ao trabalho desenvolvido pelas equipas multidisciplinares da Saúde, em que participam estes profissionais, contribuindo diariamente «para a qualidade dos cuidados prestados aos utentes». O Governo PSD/CDS, que amanhã toma posse, não pode continuar «a ignorar estes trabalhadores e a menosprezar a sua importância no Serviço Nacional de Saúde» e na garantia da qualidade dos cuidados prestados à população.
Vinte e nove mil trabalhadores são demasiados para continuarem a ser ignorados e desvalorizados, defende a federação sindical. A greve de 24h foi convocada pelo FNSTFPS/CGTP para o dia 6 de Junho, com o objectivo de forçar a ministra Ana Paula Martins a negociar e assinar um Acordo Colectivo de Trabalho para estes profissionais. A carreira foi criada há cerca de dois anos, depois de 15 de luta pela sua concretização.
Segundo a Cruz Vermelha Portuguesa, os técnicos auxiliares de Saúde dão apoio à prestação de cuidados de saúde aos utentes, nomeadamente na «recolha e transporte de amostras biológicas, na limpeza, higienização e transporte de roupas, materiais e equipamentos, na limpeza e higienização de espaços e no apoio logístico e administrativo das diferentes unidades e serviços de saúde, sob a orientação de um profissional de saúde com formação superior».
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