As ocorrências são relatadas num comunicado do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP/CGTP-IN), que salienta já ter denunciado às autoridades competentes a violação do direito à greve.
«Nos armazéns da Sonae MC e Plaza 1 da Azambuja, as chefias ligaram para os trabalhadores que estavam em gozo de férias para irem trabalhar no passado dia 12 de Setembro, dia de greve do sector das empresas de distribuição, e que o dia seria pago a 50 euros», lê-se.
Segundo o CESP, houve ainda outros trabalhadores que foram «aliciados» para que realizassem dois turnos seguidos, a troco de mais 100 euros, sendo que, na véspera da greve, as chefias foram mais além e ameaçaram quem aderisse ao protesto com a perda do prémio (Plaza 1) ou do cabaz de 50 euros (Sonae MC).
Uma situação que a estrutura afirma demonstrar que a Sonae «não sabe viver bem com os direitos dos trabalhadores, nomeadamente com o direito fundamental que é o direito à greve».
Os trabalhadores da grande distribuição cumpriram greve na passada quarta-feira, na qual exigiram aumentos salariais e o fim da chantagem patronal, que tem bloqueado as negociações colectivas há mais de dois anos.
Apesar das vendas e dos lucros da Sonae terem aumentado em 2017, com «valores recorde» no sector alimentar e na Worten, o CESP reitera ser uma «vergonha» que os trabalhadores dos armazéns da empresa tenham 20 anos de casa mas, ao fim deste tempo todo, recebam apenas o salário mínimo nacional.
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