Os trabalhadores do Hospital da Luz não desarmam

«Primeiro foi a pandemia, agora a guerra e as sanções económicas, os trabalhadores do Hospital da Luz têm pago sempre a factura», lamenta, em comunicado enviado ao AbrilAbril, o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP/CGTP-IN). 

O resultado é que, depois de anos de esforço redobrado para garantir o funcionamente da rede de cuidados de saúde do Hospital da Luz, os trabalhadores «estão a viver cada vez pior e com mais dificuldades. Os salários actuais não respondem ao aumento brutal dos preços e do custo de vida», e a administração parece pouco interessada em retibuir a dedicação daqueles que garantiram o funcionamento durante a pandemia de Covid-19.

«A direcção do Hospital da Luz recusa discutir a aplicação imediata do Contrato Colectivo de Trabalho (CCT) subscrito pelo CESP, o que está a penalizar fortemente os salários dos trabalhadores», isto tudo apesar das várias sentenças nos tribunais «reconhecerem que o mesmo está em vigor e que aos trabalhadores devem ser pagas as diuturnidades e restantes matérias pecuniárias, bem como a todos os direitos aí consagrados».

Aqueles que encerraram o caminho às ambições dos trabalhadores: «a aplicação imediata do CCT do CESP; o aumento dos salários em 90 euros a todos os trabalhadores e a dignificação das carreiras e categorias profissionais», abriram, ao mesmo tempo, as portas da luta dos trabalhadores. A decisão de partir para a greve foi tomada em plenário de trabalhadores, no início do mês.

Os trabalhadores do Hospital da Luz do distrito de Lisboa vão estar concentrados a partir das 9h, dia 26 de Abril, à porta do hospital em Lisboa. A concentração contará com a presença da Isabel Camarinha, Secretária-Geral da CGTP-IN.