Sendo uma IPSS, o Montepio Rainha D. Leonor tem «obrigatoriamente» de aplicar, a todos os seus trabalhadores, o Contrato Colectivo de Trabalho (CCT) das IPSS, algo que a mutualista «nunca fez na sua plenitude», alerta o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP/CGTP-IN), em comunicado enviado ao AbrilAbril.
O Montepio Rainha D. Leonor é uma Associação Mutualista, fundada em 11 de Março de 1860, com sede em Caldas da Rainha. A entidade gere, actualmente, um lar, uma casa de saúde e um condomínio residencial.
Um dos motivos apresentados para a greve convocada pelo CESP e pelos trabalhadores para dia 15 de Setembro, é a sucessiva retirada de direitos, muitas vezes ilegais, aos trabalhadores: «o aumento das cargas horárias semanais de trabalho, corte no pagamento do trabalho prestado em dia feriado, não aplicação da majoração de férias, entre outros».
Por outro lado, o esforço e a dedicação dos trabalhadores durante a situação pandémica, em que os trabalhadores dos serviços essenciais deram tudo o que tinham (ficando, inclusivamente, confinados dentro da instituição por mais de 24 horas), não só não foi recompensado como, inexplicavelmente, os trabalhadores viram o Montepio Rainha D. Leonor reduzir ainda mais os seus salários.
«Este conselho de administração contribuiu significativamente para a redução dos rendimentos dos trabalhadores ao não corrigir o corte do subsídio de turno no lar, efectuado pela anterior direcção».
Os trabalhadores não aceitam o «corte nos rendimentos e direitos» que o Montepio «persiste em manter e agravar». Rejeitam, também, «o ataque às carreiras profissionais, a eliminação da progressão nas carreiras, o corte no trabalho suplementar e o retrocesso para a semana com seis dias de trabalho».
Para as 10h30, foi convocada uma concentração e piquete de greve junto do Montepio Rainha D. Leonor (R. do Montepio n.º 9 Caldas da Rainha), com a presença da Secretária Geral da CGTP-IN, Isabel Camarinha.
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