O desrespeito pelos trabalhadores é uma praga no executivo de Carlos Moedas

A 5 de Fevereiro de 2024, os trabalhadores do Serviço de Controlo Integrado de Pragas (SCIP) do Departamento de Higiene Urbana (DHU) da cidade de Lisboa entregaram às chefias um abaixo-assinado, subscrito por «uma imensa maioria», com todas as suas reivindicações. A entrega realizou-se durante uma concentração realizada à porta das instalações da Direcção Municipal de Higiene Urbana.

A acção de luta conseguiu que os responsáveis camarários assumissem o compromisso de dar uma resposta aos trabalhadores até ao final do mês. No entanto, «o silêncio instalou-se no seio das hierarquias deste sector de actividade», lamenta o Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa (STML/CGTP-IN), dois meses depois, não há qualquer resposta da Câmara Municipal de Lisboa (CML) de Carlos Moedas.

Os trabalhadores do SCIP exigem um horário de trabalho equiparado ao que já acontece no sector da Higiene Urbana da cidade. Neste momento estão a cumprir horários das 08h às 16h, sete horas por dia, enquanto os colegas realizam uma jornada contínua com um horário de trabalho de seis horas por dia.

«A implementação de um novo horário de trabalho permitirá erguer um serviço público de maior qualidade, em simultâneo com a efectiva salvaguarda do direito à conciliação entre a vida profissional e a vida pessoal e familiar dos respectivos trabalhadores», defende o STML.

Após a acção de luta de Fevereiro, e a realização de uma greve parcial de 3 horas a 20 de Março, os trabalhadores do Serviço de Controlo Integrado de Pragas vão, desta vez, paralizar completamente durante 24h no dia 15 de Abril. Nesse dia, os trabalhadores vão deslocar-se à Praça do Município para entregar uma Resolução ao Presidente da CML, Carlos Moedas, exigindo que este acabe com a discriminação de que são alvo.