Num ano em que se intensificaram as contradições, os trabalhadores viram-se a empobrecer enquanto trabalhavam e os detentores de capital ficaram mais ricos, o número de pré-avisos de greve em 2022 foi o mais elevado desde 2013. Entre janeiro e dezembro de 2022, entraram assim mais 215 pré-avisos de greve no Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social do que no ano anterior, quando foram entregues 872.
É preciso recuar a 2013, ano em que Portugal foi sujeito ao pacto de agressão da troika e onde foram entregues 1534 pré-avisos entregues. Estes números, tanto os de 2022 como os de 2013 não significam, no entanto, que todos os pré-avisos tenham correspondido a greves efectivamente concretizados.
Os dados da DGERT indicam também que do total de pré-avisos entregues, 908 ocorreram no Sector Privado e os restantes 109 no Setor Empresarial do Estado. Ainda em 2022, foram abertos 113 processos de serviços mínimos, 38 por acordo, 45 por decisão arbitral e 30 por despacho.
O mês de Dezembro, mês onde os trabalhadores já se sentiam largamente fustigados pela pandemia, foram comunicados 224 pré-avisos, um aumento de 24% face ao mesmo mês do ano anterior, quando foram entregues 181.
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