O Grupo Sociedade Central de Cervejas/Heineken, uma fusão que agora detém marcas como a Sagres, Água do Luso, Guinness, Bandida do Pomar ou a Heineken, continua a recusar-se a reconhecer os trabalhadores da Novadis como iguais dentro da empresa. Há dois anos, foi alargado o Contrato Colectivo de Trabalho (CCT) a todos os trabalhadores de todas as empresas do grupo, à excepção da Novadis.
A «discriminação» aplicada pela SCC/Heineken não é, ainda assim, o único factor de ataque contra os trabalhadores. A empresa «recusa-se a discutir o caderno reivindicativo apresentado» pelo Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias da Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal (SINTAB/CGTP-IN), alegando, há vários anos, que já o fez com um sindicato da UGT que não representa nenhum trabalhador da Novadis.
Para além da aplicação do CCT da SCC/Heineken à Novadis, repondo a igualdade entre todas as empresas do grupo, os trabalhadores reivindicam «o fim da discriminação nos aumentos salariais, aumento mínimo de 150 euros para todos, com garantia do salário mínimo nos 1000 euros, 25 dias de férias e 35 horas semanais». A instituição de um salário mínimo nos mil euros seria indispensável para acabar com os «baixíssimos salários dos ajudantes de motorista», colados ao salário mínimo nacional, «apesar do trabalho duro de esforço físico e mental acrescido».
A decisão de avançar para uma greve na semana do São João, de 18 a 25 de Junho, foi tomada em realizado no passado dia 2 de Junho, em Canelas, Vila Nova de Gaia. Foi convocado ainda um piquete de greve, em funcionamento a partir das 7h30 do dia 18 de Junho.
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