A decisão foi tomada esta sexta-feira num plenário de trabalhadores na plataforma logística da Novadis, empresa do grupo cervejeiro Heineken que controla a Sociedade Central de Cervejas e Bebidas (SCC), sendo responsável, a nível nacional, pela distribuição, assistência técnica e venda das marcas do grupo, nomeadamente da Sagres.
Entre as reivindicações está o fim da diferenciação salarial entre o Norte e o Sul do País, «que a empresa justifica com o incompreensível e inaceitável argumento do diferente custo de vida», critica o Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal (Sintab/CGTP-IN), através de comunicado.
Os trabalhadores rejeitam a argumentação da empresa e exigem a aplicação do preceito constitucional, que garante igualdade salarial para trabalhadores que desempenham tarefas da mesma natureza, qualidade e quantidade.
O Sintab denuncia, porém, que a empresa «não só se recusou a dar solução a esta reivindicação», como, numa atitude que os trabalhadores consideram de retaliação, «contra-atacou com a imposição de um regime de banco de horas que alega ter negociado com a UGT». Sucede que os trabalhadores, «exclusivamente associados» do Sintab, «recusam que lhes seja imposto o regime de banco de horas de forma ilegal», e ontem decidiram formas de luta.
À greve de três dias, de 9 a 11 de Dezembro, junta-se uma acção de denúncia e protesto, frente às instalações da Novadis em Canelas (Vila Nova de Gaia), na próxima quarta-feira, a partir das 8h30.
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