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Muita força para pouco dinheiro: uma vida inteira sem progressão na Cofaco

«A melhor tradição conserveira portuguesa» é o inferno dos trabalhadores. A Cofaco Açores, empresa que detém a marca Bom Petisco, já está a enfrentar um prolongado período de greves que se extendem até Agosto.

Entre Maio e Agosto, as trabalhadoras da Cofaco, empresa conserveira dona da marca Bom Petisco, vão estar em greve todas as segundas e sextas-feiras. No dia 28 de Maio de 2024, realizaram, em frente ao Palácio de Santa, residência do Presidente do Governo Regional dos Açores, um acção de protesto com o sindicato SITACEHT/CGTP, chamando a atenção para as suas reivindicações (entre as quais está o direito à progressão na carreira). 
Créditos / SITACEHT

Na Cofaco Açores, empresa de conservas que detém a marca Bom Petisco, Tenório e Piteu, as trabalhadoras conserveiras que exercem a função de Manipuladora estão condenadas a um salário mínimo ao longo de toda a vida laboral. Esta categoria profissional aufere o salário mínimo regional dos Açores (861 euros em 2024) sem qualquer hipótese de progressão, o que significa que as trabalhadoras apenas podem ser aumentadas através do crescimento do salário mínimo.

«Não é digno que uma pessoa trabalhe trinta, quarenta ou cinquenta anos, auferindo sempre o salário mínimo e estando impossibilitada de progredir na categoria profissional e com a consequente penalização quando atingem a reforma, ou seja estas trabalhadores estão a ser duplamente prejudicadas, durante toda a vida de trabalho a auferir o salario mínimo e quando se reformam, pelos valores descontados tem reformas de miséria», refere nota do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Alimentação, Bebidas e Similares, Comércio, Escritórios e Serviços, Hotelaria e Turismo dos Açores (SITACEHT/CGTP-IN).

Com início a 1 de Maio, as trabalhadoras da Cofaco iniciaram um prolongado período de greves, paralisando todas as segundas e sextas-feiras entre o início de Maio e o final de Agosto. Estas profissionais estão, também, a recusar-se a fazer qualquer hora extra, tendo sido convocada uma greve ao trabalho extraordinário neste mesmo período.

Em causa está «a progressão das manipuladoras na carreira profissional; a dignificação e valorização do seu trabalho; a conciliação da vida profissional, com a vida pessoal e familiar; as 35 horas de horário de trabalho semanal; o aumento do subsídio de alimentação e das diuturnidades e aumentos salariais justos».

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