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Médicos do Sul e Ilhas em greve

Os dados divulgados da greve dos médicos da região Sul e das Regiões Autónomas, que decorre esta quarta-feira, apontam para uma adesão significativa. Em cima da mesa estão reivindicações como a redução do número de utentes por médico de família e a diminuição do número de horas nas urgências.

Médicos defendem a diminuição de utentes por médico de família
Médicos defendem a diminuição de utentes por médico de famíliaCréditosLuís Forra / Agência LUSA

Em declarações à Lusa esta manhã, Guida da Ponte, da comissão executiva da Federação Nacional dos Médicos (FNAM), revelava os primeiros dados da adesão à greve: «75% dos cuidados de saúde primários».

No Hospital de Santa Maria, em Lisboa, dos «25 blocos, só três estão a funcionar» e no São José, dos seis, estão três a funcionar, adiantava Guida da Ponte.

Mais tarde, surgiu a informação de que a greve provocou o encerramento da maioria dos blocos operatórios, enquanto os cuidados de saúde primários registavam uma adesão de 75 a 80%, segundo fonte sindical. Nos hospitais do Litoral Alentejano, Évora, Faro e Portalegre, todos os blocos operatórios foram obrigados a fechar.

Nos cuidados de saúde primários, a adesão dos médicos no Alentejo está nos 85%, no Algarve está nos 80% e nos Açores e Madeira ronda os 78 a 85%.

Os médicos da região Sul e das Regiões Autónomas estão em greve desde as 0h, num dia de paralisação regional que já decorreu no Norte e que antecede um dia de greve nacional, prevista para 8 de Novembro. As greves foram convocadas pela FNAM e pelo Sindicato Independente dos Médicos (SIM).

Bloqueada a negociação de várias matérias

As organizações representativas dos médicos afirmam que desde a greve de Maio foi «possível solucionar diversos problemas» devido à acção negocial e reivindicativa, mas «subsistem matérias que o Governo continua a bloquear nas negociações».

O Ministério da Saúde anunciou ter sido acordada uma das questões, a redução de 200 para 150 horas anuais obrigatórias de trabalho suplementar a partir de Janeiro do próximo ano, mas ainda estão em causa várias reivindicações dos médicos.

Medidas como a redução da lista de utentes por médico de família, que actualmente se situa nos 1900 utentes por médico, pretendendo regressar progressivamente a um máximo de 1550, ou a imposição de um limite de 12 horas de trabalho em serviço de urgência, com a anulação das actuais 18 horas semanais.

Mário Jorge Neves, dirigente da FNAM, depois da convocação das greves, afirmava que se tratava «da reposição de enquadramentos laborais que existiam antes da troika e cujo término estava previsto para 2015», lamentando os transtornos para os doentes, mas afirmando que as reivindicações dos médicos são também para beneficiar os utentes.

As organizações representativas dos médicos afirmam que estão disponíveis para continuar a negociar e o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, já veio hoje afirmar que acredita ser possível chegar a um acordo.

Médicos exigem melhores condições

No pré-aviso de greve, o Sindicato dos Médicos do Norte, o Sindicato dos Médicos da Zona Centro e o Sindicato dos Médicos da Zona Sul apontam ainda a reivindicação da reposição do pagamento integral das «horas incómodas» e o «desencadeamento imediato do processo de revisão da Carreira Médica e das respectivas grelhas salariais».

Acrescentam a «abertura imediata dos vários concursos de progressão na Carreira Médica, bem como os concursos de mobilidade e de provimento abertos», a «revisão urgente do enquadramento legal do Internato Médico e a redefinição do regulamento da prestação do trabalho em serviço de urgência».

Defendem ainda, entre outras questões, que perfazem 25 pontos, «a diminuição da idade de reforma para os médicos, como profissão sujeita a elevados níveis de risco, penosidade e desgaste», assim como a atribuição de incentivos às Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados nos cuidados primários de saúde, «num modelo que tenha em conta a experiência adquirida com as Unidades de Saúde Familiar e que não discrimine aquele sector laboral de médicos de família».

Com agência Lusa

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