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Paralisação a 10 e 11 de Maio

Médicos apelam à intervenção do primeiro-ministro

Em véspera de dois dias de greve nacional anunciada pelo SIM e pela FNAM, os médicos entregam esta terça-feira uma carta aberta ao Governo. Alertam para o «conflito aberto» pela tutela e apelam à intervenção directa de António Costa.

Sindicatos dos médicos consideram insuficientes os desenvolvimentos das negociações com o Ministério da Saúde
Sindicatos dos médicos consideram insuficientes os desenvolvimentos das negociações com o Ministério da SaúdeCréditosMário Cruz / Agência Lusa

De acordo com informação divulgada na página da Federação Nacional dos Médicos (FNAM), uma delegação de dirigentes sindicais da FNAM e do Sindicato Independente dos Médicos (SIM) irá deslocar-se esta tarde, pelas 18h, à residência oficial do primeiro-ministro para proceder à entrega de uma carta onde apelam à intervenção política de António Costa num «conflito» que dizem ter sido «aberto pelo Ministério da Saúde».

No documento, reivindicam ainda uma solução urgente «que impeça o agravamento crescente do processo de luta em desenvolvimento».

A paralisação convocada em Abril pelo SIM e pela FNAM, para 10 e 11 de Maio, manteve-se apesar da reunião com o Ministério da Saúde na passada quinta-feira. Os sindicatos que integram a FNAM falam de um «desrespeito crescente» por parte do Governo e do Ministério da Saúde, reivindicam a dignidade da profissão médica e a defesa do direito à Saúde por parte da população.   

Tutela tem vindo a «empurrar com a barriga»

De acordo com os sindicatos, o Ministério da Saúde tem andando a «empurrar com a barriga» as negociações com os médicos, num «processo de arrastamento inexplicável». Entre os vários problemas com que se deparam no exercício da profissão, os médicos reivindicam a limitação de 12 horas de trabalho em serviço de urgência e o reajustamento do número de utentes por médico de família, «procedendo à diminuição progressiva dos actuais 1900 para 1550 utentes». 

Os sindicatos pretendem que o trabalho suplementar em serviço de urgência seja limitado a 150 horas anuais, em vez das actuais 200, «acabando com a discriminação negativa em relação à restante Função Pública». Exigem igualmente a reversão dos cortes nas horas extraordinárias e o pagamento a 100% para todos os médicos, com efeitos retroactivos a 1 de Janeiro. 

Os concursos de progressão na carreira para a categoria de assistente graduado sénior, a existência de medicina do trabalho em todos os estabelecimentos do Serviço Nacional de Saúde, a regulação do internato médico e mais apoio para os médicos de família são outras exigências destes profissionais. 

CGTP-IN solidária com a greve

Na página da FNAM divulga-se ainda a solidariedade da CGTP-IN com a greve dos médicos, pela melhoria das suas condições de trabalho e a prestação de melhores cuidados de saúde à população.

«Esta é uma greve que só tem lugar porque o Ministério da Saúde não concretizou compromissos anteriormente assumidos com as organizações sindicais e persiste em arrastar no tempo as respostas a problemas que precisam de ser tratados e resolvidos agora», realça o comunicado da CGTP-IN. 

A central sindical apela ainda «aos trabalhadores de todos os sectores de actividade, assim como às suas famílias para apoiarem esta luta, que é de todos, pela defesa do Serviço Nacional de Saúde».

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