Reunidos em plenário esta segunda-feira, os trabalhadores apontaram as más condições laborais no empreendimento turístico, tendo referido aspectos como «altas temperaturas, que chegam a atingir os 54 ºC na cozinha, a acumulação de fumo, as arcas e bancadas frigoríficas que não funcionam, o alagamento da zona das copas, a acumulação de gelo na arca congeladora», informa em comunicado o Sindicato da Hotelaria do Algarve (CGTP-IN).
Outras situações apontadas no plenário foram a falta de trabalhadores, a penosidade do trabalho devido às longas jornadas e a desregulação dos horários. Ainda – refere a estrutura sindical – o desrespeito pelos períodos de descanso legalmente definidos, a não afixação dos mapas de horário e de férias, bem como o não cumprimento do disposto na contratação colectiva, como o correcto pagamento dos feriados, folgas e horas extras.
O Sindicato da Hotelaria do Algarve afirma que, quando chegou ao seu conhecimento a denúncia das más condições de trabalho, solicitou de imediato uma acção inspectiva à Autoridade para as Condições no Trabalho (ACT). O pedido foi efectuado há cerca de uma semana, mas o sindicato diz desconhecer «qualquer andamento».
Tendo também em conta os «problemas existentes» no empreendimento turístico algarvio, a estrutura sindical afirma que irá solicitar ainda uma reunião à administração com o intuito de nela apresentar o caderno reivindicativo para 2021.
Desta forma, pretende exigir o respeito pelas condições de trabalho e pelas normas de segurança e saúde no trabalho que «alegadamente não estão a ser cumpridas», bem como reclamar «o necessário e urgente aumento salarial de 90 euros para todos os trabalhadores, a redução do horário de trabalho para as 35 horas semanais e a atribuição de 25 dias úteis de férias».
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