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Luta pelos postos de trabalho na SINAGA

Trabalhadores da açucareira SINAGA concentraram-se hoje em protesto contra o encerramento da fábrica e pela actualização da tabela salarial. Entregaram um abaixo-assinado ao Governo Regional.

Concentração dos trabalhadores da SINAGA em defesa dos seus postos de trabalho
Concentração dos trabalhadores da SINAGA em defesa dos seus postos de trabalhoCréditosMiguel Matos

Depois de um plenário no local de trabalho, os trabalhadores da SINAGA, localizada em Ponta Delgada, ilha de S. Miguel, concentraram-se em frente ao edifício da Vice-Presidência do Governo Regional dos Açores. Entregaram ao Executivo regional um abaixo-assinado onde pedem que defina o que vai ser o futuro da empresa e a salvaguarda dos seus postos de trabalho.

«Resolvemos criar um abaixo-assinado a entregar ainda hoje ao vice-presidente do Governo Regional onde constam três questões consideradas muito importantes: qual o futuro da fábrica, a opção a seguir (remodelação da unidade existente ou a construção de uma nova) e o futuro dos trabalhadores», declarou à imprensa Vítor Silva, coordenador da União de Sindicatos dos Açores/CGTP-IN.

Em Junho, o secretário regional da Agricultura e Ambiente disse que estava a ser avaliada a possibilidade de construção de uma nova fábrica para a SINAGA, alegando que a actual era antiga e tinha uma capacidade de produção de beterraba desajustada da actualidade.

«Resolvemos criar um abaixo-assinado a entregar ainda hoje ao vice-presidente do Governo Regional onde constam três questões consideradas muito importantes: qual o futuro da fábrica, a opção a seguir e o futuro dos trabalhadores»

Vítor Silva, União de Sindicatos dos Açores

A empresa, adquirida pelo Governo Regional há seis anos, tem um passivo de 22 milhões de euros, sendo que os activos são da ordem dos 20 milhões de euros. Um plano apresentado à administração da SINAGA, em Abril, indicava que a fábrica necessitava de uma injecção de três milhões de euros, para resolver problemas de tesouraria que poderiam gerar prejuízos de 16 milhões de euros nos próximos três anos.

O dirigente sindical afirmou que os trabalhadores «neste momento, temem, efectivamente», pelos seus postos de trabalho, tendo referido que a situação laboral e contratual da SINAGA tem vindo a agravar-se face a uma «redução constante» de funcionários.

Vítor Silva referiu que existem actualmente 66 trabalhadores na fábrica, havendo um acordo de empresa que «está em risco», lembrando que este foi o primeiro celebrado nos Açores.

Os trabalhadores também reivindicavam a actualização da tabela salarial. «O que tem acontecido na SINAGA é que ora se aplica a legislação do sector privado, quando é mais favorável à administração, ou do público, quando é mais vantajoso. Essa situação tem que ser alterada, numa empresa em que não existem aumentos salariais há mais de uma década», declarou o dirigente sindical.

Vítor Silva considerou que «este não é o fim do processo» e informou a solicitação de reuniões com a Câmara do Comércio e Indústria dos Açores, com a Associação Agrícola de São Miguel, Associação de Jovens Agricultores e cabeças de lista por todos os partidos pelo círculo eleitoral de ilha.

O plenário dos trabalhadores foi convocado pelas estruturas representativas Sindicato das Indústrias Transformadoras, Sindicato das Indústrias Elétricas, Sindicato de Alimentação, Bebidas, Comércio e Escritórios dos Açores e Sindicato dos Trabalhadores Agro-Alimentares da Região Autónoma dos Açores.

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