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A luta continua na Casa da Moeda

Firmes na luta pela defesa das suas carreiras e de salários «dignos e justos», os trabalhadores da Imprensa Nacional – Casa da Moeda concentram-se esta quarta-feira, frente às instalações da empresa, no Porto. 

CréditosManuel de Almeida / Agência Lusa

Amanhã há nova reunião, depois de, no passado dia 3 de Abril, os sindicatos terem apresentado à administração desta empresa pública uma proposta de aumento salarial de 80 euros para todos os funcionários.

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Nesta Casa, há muita força (a cunhar moedas) para pouco dinheiro

As negociações na Imprensa Nacional – Casa da Moeda continuam sem que a empresa assuma a valorização das «funções altamente qualificadas» dos seus trabalhadores. Concentração no Porto, às 14h30.

CréditosJosé Sena Goulão / Agência Lusa

A administração da Imprensa Nacional – Casa da Moeda, sociedade anónima de capitais públicos, deve ter a «sensibilidade» e a «vontade política» para reconhecer e integrar as justas reivindicações dos seus trabalhadores, considera, em comunicado enviad0 ao AbrilAbril, o Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicações e Audiovisuais (Sinttav/CGTP-IN).

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Greve a decorrer na Casa da Moeda por aumentos salariais

Os trabalhadores iniciaram nova greve ontem e voltarão a parar dia 11 e 12. Exigem aumentos salariais, que não se realizam há nove anos, e uma mais justa redistribuição da riqueza criada.

Os trabalhadores da INCM cumpriram hoje greve das 14h às 18h
Os trabalhadores concentraram-se à porta do INCM, no Arco do Cego, para assinalar a atitude «desrespeitosa» da adminsitração Créditos / INCM

Ontem, hoje e nos dias 11 e 12 de Julho, os trabalhadores da Imprensa Nacional Casa da Moeda (INCM) estarão em greve, por períodos de duas horas, face intransigência da posição patronal quanto à última proposta de aumento salarial.

Os trabalhadores e os sindicatos da Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Eléctricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas (Fiequimetal/CGTP-IN) contestam o que consideram ser um «irrisório» aumento salarial de 12,80 euros, para todos os trabalhadores, insistindo que na INCM não há aumentos salariais há nove anos, pode ler-se em comunicado.

As exigências mantêm-se: o aumento salarial de 35 euros para todos e uma justa distribuição da riqueza criada pelos trabalhadores na empresa. 

Acrescentam, na nota, que consideram a atitude da administração «desrespeitosa» uma vez que ontem tinha sido mobilizada uma concentração em frente à habitual sede da empresa e pedida uma reunião à administração mas, sem informar os trabalhadores nem os seus representantes, a empresa mudou de instalações na sexta-feira passada. 

A concentração foi então realizada em frente à sede da INCM, no Arco do Cego, e foi aprovado o protesto para dia 12, em frente à nova sede da Parpública, para «mostrarem ao accionista o seu descontentamento face à proposta do Conselho de Administração».

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Não deixa de ser irónico que os trabalhadores responsáveis pela cunhagem da moeda metálica em Portugal, por todo o dinheiro que nos passa pelas mãos, sejam, também eles, vítimas da «perda de poder de compra», agravada com o «custo de vida brutalmente inflacionado» que dá muitos lucros às empresas e prejudica aqueles que vivem do seu trabalho.

A vontade dos trabalhadores e das suas organizações representativas é «chegar a um acordo em matéria salarial e carreiras profissionais», um acordo que valorize o «empenho profissional cada vez mais exigente num contexto de funções altamente qualificadas e de grande responsabilidade».

Os trabalhadores da Casa da Moeda estão também encarregados da edição e disponibilização do Diário da República e a produção de documentos de identificação como o Cartão de Cidadão e o Passaporte.

Para além da distância que separa as reivindicações laborais e a administração, os trabalhadores exigem que a Imprensa Nacional – Casa da Moeda «abandone a ideia de transformar as carreiras profissionais num modelo configurado em polivalência absoluta, porque seria um desvirtuar do histórico das categorias», algo que os trabalhadores e as suas organizações representativas «jamais permitirão».

No dia 20 de Março, enquanto decorre mais uma sessão negocial, os trabalhadores vão realizar uma concentração à porta das instalações, das 14h às 16h30, na Contrastaria do Porto, «a fim de expressar publicamente o seu descontentamento». Também o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Norte (SITE Norte/CGTP-IN) está a convocar para esta acção de luta.

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O Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicações e Audiovisuais (Sinttav/CGTP-IN) critica o ritmo «muito lento» das negociações. Mas também o facto de a empresa insistir na apresentação de propostas que, refere num comunicado, além de distantes das expectativas dos trabalhadores, «criam diferenças significativas entre escalões, facto que não está a ser considerado como reconhecimento do esforço desenvolvido pelos sindicatos e trabalhadores na tentativa de se conseguir um acordo justo».

Salienta, no entanto, que a consciência dos trabalhadores da Casa da Moeda, que amanhã se concentram em plenário, pelas 9h30, junto às instalações da empresa, na Invicta, «tem demonstrado uma postura de grande determinação e unidade na defesa da valorização do seu trabalho e de carreiras profissionais que melhor dignifiquem a sua experiência e empenho profissional». Postura que, defende o sindicato, «é importante manter» até se chegar a um acordo que responda às expectativas dos trabalhadores.

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