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Indorama: uma multinacional subsidiodependente

Além dos 134 trabalhadores da Indorama alvo de lay-off, foram despedidos cerca de 80, em trabalhos indirectos. Cargos de direcção estão assegurados, sem perda de qualquer regalia, denuncia o SITE SUL/CGTP.

Concentração de trabalhadores da Indorama, em Silves, contra a intenção da empresa, com milhões de lucros anuais, de atirar centenas de trabalhadores para o lay-off a 66%. O deputado Alfredo Maia, do PCP, esteve presente na acção de luta. 
Concentração de trabalhadores da Indorama, em Silves, contra a intenção da empresa, com milhões de lucros anuais, de atirar centenas de trabalhadores para o lay-off a 66%. O deputado Alfredo Maia, do PCP, esteve presente na acção de luta. Créditos

A Indorama anunciou a sua intenção de avançar com um período de lay-off de seis meses, renováveis por igual período (ou seja, com potencial para atingir um ano), em que 134 trabalhadores receberiam 66% dos seus salários. «Não lembra a ninguém uma empresa estar um ano parada em lay-off a receber subsídios da Segurança Social», referiu Hélder Guerreiro, dirigente do SITE SUL, em declarações prestadas à Agência Lusa.

Em comunicado, o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Sul (SITE SUL/CGTP-IN) sublinha que «o valor pago aos trabalhadores no período de lay-off é, na maior parte, suportado pela Segurança Social (ou seja, pelos descontos dos próprios trabalhadores)»: 70% dos 66% que a empresa quer impingir são inteiramente assegurados pelo Estado português.

«Esse valor poderia, a partir dos 66%, ser compensado pela empresa até à totalidade dos salários», mas não é essa a intenção da Indorama. O objectivo da empresa, «uma multinacional com mais cem fábricas em todo o mundo» (e lucros de 4 mil milhões de euros em 2022), é não se responsabilizar por fazer qualquer pagamento acrescido aos trabalhadores durante esse período.

«Além dos 134 trabalhadores da Indorama que vão para lay-off, já foram dispensadas cerca de 80 pessoas em postos de trabalho indirectos. Apenas ficam de fora do lay-off 17 trabalhadores, a maioria deles com cargos de direcção (aqueles que mais ganham), sem perderem regalias».

Num plenário muito participado, a 18 de Setembro, os trabalhadores rejeitaram liminarmente a proposta avançada pela empresa, tendo realizado porteriormente, a dia 20, uma concentração à porta da fábrica.

A acção de luta contou com a presença do deputado do PCP, Alfredo Maia. Em comunicado, os comunistas denunciam aquilo que consideram ser um «despedimento encapotado» a ser levado a cabo pela Indorama.

Interesses da empresa põem em causa segurança ambiental da região

No comunicado, enviado ao AbrilAbril, o SITE SUL manifesta ainda «grandes preocupações relativamente à segurança das instalações, porque há intenção de reduzir o número de trabalhadores destinados a assegurar a integridade de uma fábrica com reconhecido risco de acidente ambiental industrial».

A unidade da industrial da Indorama, em Sines, produtora de ácido tereftálico purificado, matéria-prima utilizada para a produção de politereftalato de etileno (fabrico de embalagens de plástico para uso alimentar), comprada, em 2017, pela multinacional tailandesa Indorama Ventures, está classifica como SEVESO.

Esta directiva europeia identifica unidades fabris que apresentam riscos graves de contaminação dos solos, lençois freáticos ou atmosfera. O nome da directiva refere-se a um acidente que ocorreu na cidade de Seveso, Itália, em 1976, quando foi libertada uma nuvem tóxica de dioxina.

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