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Desde Abril que os trabalhadores andam em luta

Impormol: confirmado despedimento colectivo

A empresa confirmou na terça-feira o despedimento colectivo dos 180 trabalhadores. Estes questionam as razões da insolvência.

Trabalhadores da Impormol lutam pelos seus postos de trabalho
Trabalhadores da Impormol lutam pelos seus postos de trabalhoCréditos

A empresa de molas para automóveis Frauenthal Automotive (conhecida localmente como Impormol), no concelho de Azambuja, despediu na terça-feira os 180 trabalhadores que laboravam naquela unidade fabril, informou o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras. Energia e Actividades do Anbiente do Sul (SITE-Sul).

A Impormol tinha suspendido a sua produção no início de Abril, comunicando aos trabalhadores que estavam dispensados de comparecer ao serviço. Nesta terça-feira, foram informados do despedimento colectivo.

A empresa, que labora há cerca de 40 anos, foi adquirida recentemente pela Heavy Metal Invest, com sede no Liechtenstein, que comprou 51% das acções em Janeiro deste ano e as restantes 49% em Março. No início de Maio a administração tinha comunicado aos trabalhadores que ia iniciar o processo de insolvência.

Apesar desta decisão, Fernando Pina, da comissão de trabalhadores, referiu que os trabalhadores continuam confiantes de que a Impormol poderá manter a sua unidade a laborar em Azambuja.

«A nossa expectativa é a de que possa aparecer algum investidor interessado na Assembleia de Credores». A Assembleia de Credores realiza-se no dia 5 de Julho.

O sindicalista referiu ainda que os trabalhadores já solicitaram uma reunião com o Ministério dos Negócios Estrangeiros, com o embaixador de Portugal na Áustria e com o embaixador da Áustria em Portugal.

Entretanto, a Câmara Municipal do Cartaxo juntamente com a da Azambuja, de onde são oriundos a maioria dos trabalhadores da Impormol, criaram um espaço de atendimento e apoio, em parceria com o Centro de Emprego.

Luta dos trabalhadores e questionamento da insolvência

Trabalhadores e sindicatos põem em causa as razões da insolvência. No inicio de Abril, Paulo Antunes, director financeiro da unidade, justificava o possível avanço para o processo de insolvência por «falta de encomendas».

Desde que foi anunciado aos trabalhadores a dispensa de comparecer ao trabalho em Abril, estes permaneceram durante dias à porta da empresa no horário de trabalho.

Para além disto, dinamizaram acções em defesa dos seus postos de trabalho: uma manifestação em Lisboa no dia 6 de Maio até ao Ministério da Economia, e dia 16 de Maio, manifestações na Azambuja e no Cartaxo.

No âmbito desta luta, Fernando Pina afirmou sobre a Impormol: «É uma empresa em que 100% do que produz é para exportar, sendo muito importante para a economia do país».

Também Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP , sublinhou :«Trata-se de uma empresa que tem equipamento e trabalhadores altamente qualificados e que fazem falta a Portugal.». Refere-se ainda ao facto de só nos últimos anos a empresa não ter tido lucro, fruto da venda a um fundo de investimento.

Recorde-se que a fábrica de Azambuja tinha contrato até 2018 com a Mercedes, único cliente, para fabrico de molas, entretanto interrompido, o que está na base da decisão de encerramento da unidade. «Não consigo perceber os motivos que levaram à quebra de contrato, pois não havia razão nenhuma para deixarmos de ser fornecedores», referiu Fernando Pina.

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