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Greve nas rodoviárias da Barraqueiro com elevada adesão

Os trabalhadores das Rodoviárias do Tejo, Lis e Oeste terminam esta terça-feira uma greve de 48 horas, mantendo o braço-de-ferro com a Barraqueiro, pelo aumento dos salários e o fim da discriminação.

Piquete de greve na Rodoviária do Tejo
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Em comunicado, a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans/CGTP-IN) realça que em ambos os dias de greve foi registada uma adesão idêntica à anteriores realizadas no ano passado, na ordem dos 90%.

Em nota de imprensa, a União de Sindicatos de Santarém (CGTP-IN) afirma que a adesão foi «esmagadora entre os motoristas efectivos, aos quais se juntaram alguns novos trabalhadores com vínculos precários».

Já para a Fectrans, a elevada adesão «constitui uma resposta determinada às manobras de diversão protagonizadas pela administração e às falsidades divulgadas acerca do rendimento dos trabalhadores» nas últimas semanas.

«Os trabalhadores e as suas estrutura de classe afirmam que estão dispostos a parar a greve e a assinar um acordo, se a administração garantir, por escrito, os valores de salários que divulgou – 1300 euros vezes 14 meses», lê-se.

A paralisação abrange três rodoviárias do grupo Barraqueiro – Rodoviária do Tejo, Rodoviária do Oeste e Rodoviária do Lis. Os trabalhadores exigem o aumentos dos salários, que são baixos comparados com os praticados nas restantes empresas do grupo.

O protesto surge no seguimento da vaga de greves dos últimos meses, que têm abalado as muitas empresas rodoviárias do grupo Barraqueiro, como por exemplo as empresas do grupo EVA e a Rodoviária de Lisboa, nas quais os trabalhadores conquistaram aumentos salariais.

«Há trabalhadores a pegar ao serviço às 5h da manhã e a chegar a casa às 22h, auferindo um salário de 609 euros, montante muito inferior à responsabilidade de transportar pessoas durante longas horas e pouco acima do salário mínimo nacional», afirmou Manuel Castelão, do Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP/CGTP-IN).

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