«Os trabalhadores exigem que, no mês de Abril, todos os trabalhadores tenham um aumento salarial que reponha a perda do poder de compra, e não esteja condicionado à avaliação de desempenho», que a empresa continua aplicar mesmo sabendo que é «discriminatória e injusta», refere o comunicado do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Norte (SITE Norte/CGTP-IN).
E se a empresa se continua a recusar a sentar à mesa, os trabalhadores da Fico Cables, empresa integrada no grupo multinacional Ficosa, têm boa solução: intensificam a luta.
Amanhã, dia 31 de Março, os trabalhadores nesta unidade fabril da Maia, no Porto, que produz componentes e acessórios para veículos automóveis, vão realizar 2h de greve por turno, realizando ainda uma concentração entre as 12h e as 16h, à porta da fábrica.
É que ali ninguém desarma. A acção reivindicativa só se vai intensificar a partir deste momento, tendo já sido emitido «um pré-aviso de greve a todo o trabalho extraordinário até ao final do mês de Abril».
Os trabalhadores da Fico Cables exigem «aumentos salariais dignos e justos», sem que ninguém receba aumentos inferiores a 100 euros, a actualização do subsídio de refeição, o fim da avaliação por desempenho e a atribuição de um dia de folga no aniversário, algo com que a empresa já se tinha comprometido e nunca cumpriu.
Fica uma garantia. Se a administração da empresa não aceitar «uma verdadeira negociação do Caderno Reivindicativo», marcando uma reunião com o SITE Norte e a Comissão Sindical «no mais curto espaço de tempo», será marcada uma reunião plenária dos trabalhadores, «para analisar
e aprovar outras formas de luta».