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Enfermeiros em greve perante incumprimento do Governo

Arrancou esta quarta-feira a greve faseada dos enfermeiros, de forma a mitigar os transtornos aos utentes. Exigem que o Governo honre os compromissos e colabore na solução dos problemas do SNS.

Os enfermeiros continuam a exigir o reforço do número de profissionais nos serviços de saúde.
Os enfermeiros continuam a exigir o reforço do número de profissionais nos serviços de saúde.CréditosAntónio Cotrim / Agência LUSA

A greve nacional em curso, iniciada às 8h, realiza-se hoje exclusivamente nos hospitais (blocos operatórios e cirurgia de ambulatório). Amanhã, o protesto decorre nas restantes instituições de saúde que tenham enfermeiros ao serviço.

Os dois dias de greve, a que se juntam mais quatro dias de protestos específicos na próxima semana, fazem parte de um novo modelo de greves faseadas que vão variar de local e de instituição conforme o dia. Os sindicatos procuram assim, em conjunto com os serviços mínimos, minimizar os transtornos aos utentes no acesso aos cuidados de saúde.

Em causa nesta greve está a ausência de uma nova proposta do Governo para as negociações da carreira de enfermagem, que deviam ter terminado em Junho e cuja resolução, afirmam os sindicatos, além de beneficiar os trabalhadores, tem também consequências positivas na prestação dos cuidados aos utentes.

Além dos compromissos assumidos pelo Governo, em Março, os profissionais continuam a exigir a contratação de mais enfermeiros para colmatar a crónica falta de pessoal no Serviço Nacional de Saúde e que se reflecte no número de camas encerradas e serviços a funcionar «a meio gás» por não haver profissionais suficientes.

As paralisações foram convocadas pela Associação Sindical Portuguesa dos Enfermeiros (ASPE), o Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (SINDEPOR), o Sindicato dos Enfermeiros da Região Autónoma da Madeira (SERAM) e o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP/CGTP-IN).

Os restantes dias de protesto decorrem a 16, 17, 18 e 19 de Outubro, variando por sectores, sendo que o último dia consiste numa manifestação nacional em Lisboa, até ao Ministério da Saúde, para exigir do Governo o cumprimento dos compromissos assumidos.

Negociações arrastam-se por culpa do Governo

«Mantém-se tudo igual, nem poderia ser de outra forma. O Governo teve dez meses para apresentar uma proposta, quando esta negociação deveria ter terminado, de acordo com o compromisso também do Governo, no primeiro semestre deste ano», salientou Guadalupe Simões, dirigente do SEP.

Os enfermeiros esperavam que o Governo apresentasse uma nova proposta antes do início da greve, «mas a verdade é que, até agora, não aconteceu». Por este motivo, os profissionais exigem que a tutela «vá ao encontro dos compromissos que foram assumidos» e que deixe de proletar a resolução dos problemas.

A par da revisão da carreira de enfermagem e que esta seja aplicada a todos os profissionais no sector pública, independentemente dos vínculos contratuais, os enfermeiros reivindicam a valorização salarial de toda a grelha e a definição das condições de acesso à mesma, às categorias, aos princípios de avaliação e às especifidades dos concursos.

As 35 horas de trabalho semanais para todos, a admissão de mais profissionais de saúde, o aprofundamento e valorização dos enfermeiros especialistas, a consagração da categoria de enfermeiro director/gestor e a inclusão de medidas compensatórias da penosidade da profissão, como o trabalho por turnos, são outras exigências.

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