«Sem medidas concretas» tomadas pelo Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde (ULS) da Arrábida, a situação torna-se «intolerável», afirma nota do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP/CGTP-IN). A ULS foi constituída a Janeiro de 2024, com um área de influência que compreende os concelhos de Palmela, Setúbal, Alcácer do Sal, Grândola, Santiago do Cacém e Sines, incluindo o Hospital Ortopédico Sant’Iago do Outão e o Hospital São Bernardo.
Antes da convocação da greve para o dia 30 de Setembro (que vai afectar os turnos da manhã e da tarde), os enfermeiros fizeram chegar à administração uma moção aprovada em plenário, na qual eram apresentadas várias soluções para os problemas mais prementes destes profissionais. Infelizmente, considera o SEP, a ULS Arrábida «não tem disponibilidade para abordar/resolver os problemas dos enfermeiros que são o grupo profissional com maior número de trabalhadores da ULS».
Para além do pagamento dos retroactivos relativos ao descongelamento das progressões desde 2018 (apoiados na setença do Tribunal Constitucional), os enfermeiros exigem «o pagamento imediato e em trabalho extraordinário» de todas as horas que têm em dívida desde 2022, por acordo com cada profissional, e a criação de mecanismo para evitar que a dívida volte a ser uma prática corrente na instituição.
O sindicato acusa ainda a ULS Arrábidade de não respeitar «os preceitos legais» no processo de avaliação de desempenho dos enfermeiros da instituição, «sob pena do Conselho de Administração tomar decisões que coloquem em causa todo o processo na fase de reclamação». «Sem soluções concretas, os enfermeiros mantêm a greve», reafirma o SEP - se os trabalhadores nada fizerem, «nada mudará».
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