Jerónimo de Sousa, num comício do PCP em Almada onde referiu a reconquista do feriado de 5 de Outubro, reafirmou a necessidade de «pôr fim à sujeição e ao garrote político» da troika, do Pacto de Estabilidade e Crescimento, do Tratado Orçamental e livrar o nosso País da chantagem dos «mercados». Destacou ainda que «manter as mesmas amarras e os mesmos constrangimentos externos da política, as mesmas opções de fundo da política de direita, não é apenas manter os graves bloqueios que impedem o desenvolvimento do País, é também facilitar o abrir de portas às forças que querem impor o regresso ao passado».
O secretário-geral do PCP voltou a abordar a proposta comunista de aumento extraordinário de 10 euros para as pensões e reformas, considerando-a justa mas sem a pretensão de resolver o problema da pobreza. «Esta é uma proposta de aumento extraordinário para repor o poder de compra perdido nos últimos anos por todos os que descontaram durante uma vida de trabalho e viram os seus rendimentos desvalorizados», afirmou, sublinhando também que «a política de valorização das pensões mais baixas não pode ser feita à custa das pensões de 600, 700, 800 ou 1000 euros que foram formadas pelos descontos efectuados durante anos». Tal como «não é aceitável que as pensões mínimas do regime previdencial e que resultam de descontos, estejam sujeitas à condição de recursos», afirmou.
Sobre o Orçamento do Estado (OE), o dirigente comunista sustentou que a posição do PCP será sempre determinada pelo conteúdo da proposta e que o compromisso do seu partido é o de examinar o projecto de OE, «certos de que não deixaremos de apresentar também as nossas propostas de forma a garantir que prossiga uma linha de devolução de rendimentos e direitos, de promoção de emprego e de desenvolvimento».
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