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|direitos dos trabalhadores

Covid-19: eliminar pausas é «oportunismo patronal»

O Covid-19 não pode servir de pretexto para aumentar a exploração na Hutchinson Borrachas, onde o trabalho já por si é susceptível de provocar doenças profissionais, avisa o SITE Sul.

Créditos / Fiequimetal

A Hutchinson Borrachas, em Portalegre, decidiu mudar os horários das pausas, obrigando os trabalhadores a prestar serviço cinco horas seguidas, denuncia o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Sul (SITE Sul/CGTP-IN) em comunicado, acrescentando que se trata de «oportunismo patronal». 

Os trabalhadores contestam a alteração dos horários de trabalho e afirmam que é necessário tomar medidas de contenção do vírus que assegurem os seus direitos. A estrutura sindical lembra que, numa actividade com tarefas repetitivas, as pausas são necessárias, seja para comer, seja para evitar lesões músculo-esqueléticas.

«Recentemente esta empresa do sector químico tem também despedido trabalhadores, maioritariamente mulheres, ao mesmo tempo que impõe a outros o trabalho ao fim-de-semana como dias normais de trabalho, objectivo antigo de empresas multinacionais, como a Hutchinson», pode ler-se na nota.

O SITE Sul considera «inaceitáveis» as medidas que têm vindo a ser tomadas e solicitou à empresa uma reunião para apresentar as suas preocupações e discutir a exigência do aumento dos salários de todos os trabalhadores em 90 euros, entre outras reivindicações.

«Manobras devem ser denunciadas»

Em comunicado aos trabalhadores, a Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas e Eléctricas (Fiequimetal/CGTP-IN) afirma que estes não podem ser prejudicados nos rendimentos e direitos. A estrutura sindical salienta que «o patronato dos sectores da indústria no âmbito sindical da federação é responsável pela protecção da saúde dos trabalhadores ao seu serviço», pelo que devem ser adoptadas todas as medidas de prevenção que decorrem das orientações da Direcção-Geral da Saúde.

Em situações de encerramento forçado de empresas ou no caso em que os trabalhadores tenham de ficar em casa, a federação exige que estas assegurem o pagam­ento integral dos salários, assegurando a diferença em relação ao valor pago pela Segurança Social.

A estrutura sublinha ainda que se mantém a necessidade de aumento dos salários, medida que contribuirá para incrementar a procura interna e dinamizar a actividade económica.

Esta situação não pode servir de pretexto para retirar direitos aos trabalhadores, nomeadamente forçar o uso de dias de férias, alterar e agravar horários de trabalho, introduzir «à força» o regime de trabalho por turnos, reduzir a retribuição e recorrer ao lay-off sem justificação devidamente fundamentada, lembra a Fiequimetal.

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