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|repressão patronal

Corticeira e administradores acusados por maus-tratos a Cristina Tavares

A empresa, que já tinha sido condenada a pagar ao Estado uma multa de 31 mil euros por assédio laboral, será agora julgada pelo crime de maus tratos, no Tribunal da Feira.

Créditos / CGTP-IN

Em consequência de uma denúncia apresentada no tribunal pelo Sindicato dos Operários Corticeiros do Norte (SOCN/CGTP-IN), em 2018, o Ministério Publico (MP) acusa agora a Corticeira Fernando Couto, o proprietário, uma administradora, um director e uma técnica de qualidade do crime de maus-tratos sobre a funcionária Cristina Tavares.

«Ficamos satisfeitos, porque o Ministério Público entendeu que há crime», disse o coordenador do sindicato, Alírio Martins, aos jornalistas. «O Ministério Público viu aquilo que já vimos há muito tempo. Que isto sirva de exemplo para que não volte a acontecer», acrescentou.

«Esta acusação de crime de maus-tratos é impar no nosso país contra o assédio e contra a violência. É uma causa de todo o movimento sindical e é necessário fazer uma revisão laboral contra o assédio», disse, por seu lado, Fátima Messias, coordenadora da Comissão para a Igualdade entre Mulheres e Homens da CGTP-IN.

A acusação do MP é particularmente incisiva ao considerar que os arguidos agiram de acordo com um plano, traçado entre eles, «com o propósito concretizado de castigar a ofendida, criando-lhe um ambiente hostil, intimidatório, humilhante e degradante, rebaixando-a e atentando contra a sua honra, discriminando-a dos demais funcionários fabris».

Diz o MP que lhe foram alocadas «tarefas desumanas e sobrecarregando-a com trabalhos excessivos, bem sabendo que aquela era pessoa particularmente indefesa em virtude dos problemas de saúde de que padecia, fragilizando-a emocional, física e psiquicamente».

Factos acusatórios que terão sido resultantes das tentativas infrutíferas da empresa para que a ofendida, Cristina Tavares, perdesse o seu vínculo laboral com a empresa.

Cristina Tavares sublinha que este longo processo vem mostrando que a luta vale a pena. «Estou a fazer as minhas funções e trabalho normalmente. Estou ali para trabalhar e não há conflitos. Sinto que a luta valeu a pena, porque sempre quis o meu posto de trabalho», acrescentou a trabalhadora.

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