São dezenas de milhares de trabalhadores a quem, todos os dias feriados, as maiores empresas de Call Centers roubam uma parte significativa da remuneração definida pela lei portuguesa (Artigo 269.º do Código do Trabalho): «o trabalhador tem direito à retribuição correspondente a feriado [mais 50%], sem que o empregador a possa compensar com trabalho suplementar».
Esse é apenas um dos muitos motivos pelos quais o Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Correios e Telecomunicações (SNTCT/CGTP-IN) convocou uma greve para os dias 24, 25, 31 de Dezembro e dia 1 de Janeiro na Intelcia, Ranstad, Manpower, Vertente Humana e RH-Mais.
Graças à precariedade que as empresas impõem aos trabalhadores, o patronato vive uma situação de relativa impunidade, o que dá azo à recusa em negociar a redução dos horários e o aumento dos salários, outras duas reinvindicações referidas pelo SNTCT.
Até mesmo a «discutir e negociar escalas de feriados e folgas» as empresas se negam.
Exemplo disso é a situação vigente na Intelcia, que recusou a discussão de um acordo de empresa que garantisse um mínimo de dignidade aos trabalhadores, forçando os sindicatos a requerer a intervenção da Direcção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT). Por todos estes motivos, os trabalhadores dos Call Centers estarão em greve no período do Natal e ano novo.
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