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Trabalhadores da Randstad em luta por melhores salários, contra a precariedade

Cerca de uma centena de trabalhadores da Randstad a exercer funções na EDP e em várias operadoras de telecomunicações concentraram-se, esta quinta-feira, frente à sede da multinacional em Lisboa, reivindicando o fim da precariedade, melhores condições de trabalho e aumentos salariais.

Concentração de trabalhadores da Randstad frente à sede da empresa em Lisboa
Concentração de trabalhadores da Randstad frente à sede da empresa em LisboaCréditos

Os trabalhadores da Randstad que laboram nos call centers de empresas como a PT/MEO, a Nos ou a Vodafone, mobilizados pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e das Telecomunicações (SNTCT/CGTP-IN), e os que exercem funções nos call centers da EDP, convocados pelo Sindicato das Indústrias Eléctricas do Sul e Ilhas (SIESI/CGTP-IN), estiveram ontem em greve, tendo realizado uma concentração de protesto à porta da sede da Randstad e um desfile em direcção ao Ministério do Trabalho e da Segurança Social.

Há muito que estes trabalhadores lutam contra a precariedade a que são sujeitos, exigindo o fim da instabilidade, da deslocalização dos postos de trabalho, do recurso a empresas de prestação de serviços e a integração nos quadros das empresas nas quais exercem funções.

Outra exigência comum é a do aumento salarial de 30 euros mensais, que a Randstad se recusa a efectuar, num contexto em que – afirma o SIESI em comunicado – «teve um lucro de "apenas" 586,1 milhões de euros».

Em declarações à Lusa, Paulo Gonçalves, dirigente do SNTCT, disse que «a luta vai continuar» em defesa dos direitos dos cerca de 5500 trabalhadores. Por seu lado, a dirigente do SIESI Anabela Silva, que ontem esteve reunida com a administração da Randstad, afirmou que a empresa «prometeu olhar para os cadernos reivindicativos», mas sem adiantar qualquer solução.

O sindicato tem nova reunião agendada com a administração da Randstad para 14 de Dezembro, mas, se não houver resposta às reivindicações, os trabalhadores podem regressar à greve e a outras formas de luta, referiu a dirigente sindical, acrescentando que alguns trabalhadores exercem funções para a EDP, a Nos ou a PT «há décadas» e exigem acima de tudo a integração no quadro, além de aumentos salariais.

«Não faz sentido que estes trabalhadores não pertençam aos quadros dessas empresas», frisou Anabela Silva à Lusa.


Os trabalhadores em luta seguiram em desfile até ao Ministério do Trabalho e da Segurança Social, gritando palavras de ordem como «a luta continua na Randstad e na rua» e segurando faixas onde se lia «mais salário, mais direitos, fim do trabalho precário» e «por mim, por ti, por nós lutar sempre, juntos somos mais fortes».

Presentes na concentração e na manifestação estiveram os deputados à AR Ana Mesquita (PCP) e José Soeiro (Bloco de Esquerda), bem como o Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Call Centers.

Ana Mesquita sublinhou a necessidade de pôr termo à precariedade e de aumentar o salário mínimo nacional para 600 euros já em Janeiro de 2018, enquanto José Soeiro salientou que é preciso acabar com o negócio do «aluguer de trabalhadores que são tratados como mercadoria».

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