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|inflação

Apoio Extraordinário de 125€, ou o que podia estar no salário e não está

Começa hoje a entrega do apoio extraordinário atribuído pelo Governo para fazer face à inflação. O apoio é uma prestação única e confirma aquilo que falta nos salários.

A inflação galopante no custo de vida é marca de água na vida de quem vive dos rendimentos do seu trabalho. Após uma pandemia e durante uma guerra, a especulação e a falta de respostas do Governo contribuem para o agravamento das condições de vida da generalidade da população. 

Numa altura onde se exigiam medidas à altura das circunstâncias, o Governo, optando por não taxar os lucros extraordinários ou colocar tectos nos bens de consumo, definiu a atribuição de apoios extraordinários com a receita extraordinária proveniente dos impostos recolhidos como uma das grandes medidas no seu leque de inação. No fundo não dá nada a ninguém, somente devolve o que foi recolhido a mais.

O pacote de ajudas intitulado «Famílias Primeiro» passa então por um «apoio excepcional» aos rendimentos dos titulares de rendimentos e prestações sociais no valor de 125€ para residentes em território nacional com rendimento bruto até 2 700€/mês; um apoio excecional a crianças e jovens de 50€, destinado a todos os dependentes em sede de IRS, aos beneficiários de abono de família e aos menores de 18 anos que estejam registados em agregados na segurança social; e passa por um complemento excecional a pensionistas no valor de 50% do valor da pensão paga em outubro.

Os valores, apesar de não serem de desprezar, uma vez que fazem falta a muitas famílias, são, no entanto, escassos na medida em que a prestação é única e a inflação não é só de um mês. Recorde-se que no mês de Setembro a inflação foi de 9,8% e o Governo prevê uma inflação de 4% para o próximo ano, algo que nem sequer vai de encontro com as previsões da OCDE (5,2%) ou do Conselho de Finanças Públicas (6,15). A isto acresce o aumento do salário mínimo nacional que será apenas de 5,1% que se materializa num aumento real, apenas nominal.

O apoio extraordinário fica aquém do que o Governo pode fazer, mas revela também as suas opções. Ao invés de aumentar salários de modo a acompanhar a inflação, o Governo administra um paliativo, pouco aumenta os salários do próximo ano e negoceia uma borla fiscal para as grandes empresas como moeda de troca para aumentos nos restantes salários.

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