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As 35 horas fazem bem aos trabalhadores e aos Açores

O SITACEHTT convoca greve pela redução do horário de trabalho, esta sexta-feira, na Ilha Terceira. Reivindicação pode «reverter tendência» para as famílias do arquipélago.

Conferencia de imprensa do SITACEHTT/Açores em 5 de Junho de 2024.
Conferencia de imprensa do SITACEHTT/Açores em 5 de Junho de 2024.Créditos / CGTP-IN

A redução da carga horária semanal é a grande reivindicação dos trabalhadores açorianos durante a greve e jornada de luta convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Alimentação, Bebidas e Similares, Comércio, Escritórios e Serviços, Hotelaria e Turismo, Transportes e Outros Serviços dos Açores (SITACEHTT/Açores) para esta sexta-feira.

A realidade laboral nos Açores é preocupante, sendo «uma das regiões da União Europeia onde se trabalha mais horas por semana» e onde «o trabalho por turnos, à noite, ao sábado ou ao domingo e os horários desregulados têm crescido nas últimas décadas», com os «problemas associados às longas jornadas de trabalho e aos riscos profissionais» a aumentarem, afirma o SITACEHTT em nota à imprensa.

Tendo em conta a necessidade de expor os problemas que enfrentam à discussão pública, os trabalhadores esperam esclarecer a «profunda influência» do regime de horas e turnos na vida pessoal e familiar.

Num momento em que «tanto se fala de responsabilidade social, da baixa natalidade, despovoamento» no arquipélago, o sindicato defende que esta é uma oportunidade para se fazaer algo que ajude a «reverter esta tendência».

As baixas taxas de natalidade, o adiamento da maternidade e paternidade, e a crescente opção pelo filho único não podem ser encaradas como uma «fatalidade» e precisam de ser analisadas à luz das condições laborais nas ilhas.

Para reclamar a valorização dos trabalhadores com a redução da jornada de trabalho para as 35 horas sem alteração salarial, os trabalhadores do sector privado estarão concentrados às 10h na Praça Velha em Angra do Heroísmo.

A maioria dos trabalhadores estará em greve amanhã, como é o caso das creches, jardins de infância, ATL, Insco, Centro de Fabricação dos Açores, Sportessence, Emater, Pronicol, Unicol e Instituições Particulares de Solidariedade Social. No caso da Mobiazores e Azores on Route, os trabalhadores já estão em greve hoje e prolongam-na pelo dia de amanhã.

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