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Abusos da Ryanair dão alento a protesto europeu

A intimidação de trabalhadores e as ilegalidades por parte da Ryanair vão ter uma resposta concertada de vários sindicatos que estão a negociar uma greve europeia contra os abusos da companhia.

Companhia aérea tem trazido tripulantes estrangeiros para operarem os voos de Portugal durante a greve
Companhia aérea tem trazido tripulantes estrangeiros para operarem os voos de Portugal durante a greveCréditos / Pixabay

Em comunicado, o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) afirma que foi dado «início aos procedimentos necessários para a realização de uma greve europeia dos tripulantes de cabine da Ryanair contra as condições de trabalho existentes nessa empresa irlandesa».

Além de Portugal, estão envolvidos vários sindicatos de França, Alemanha, Espanha, Itália, Bélgica e Holanda. A ideia da greve europeia já estava em cima da mesa face às más condições de trabalho na Ryanair, mas ganhou mais alento após as denúncias do sindicato e as ameaças de despedimento, ao telefone, sobre os tripulantes estrangeiros que se recusaram a substituir os colegas em greve.

Num comunicado aos trabalhadores a que o AbrilAbril teve acesso, a Ryanair ameaça que, «caso recuse cumprir o seu dever, ser-lhe-á atribuída falta injustificada e a situação será resolvida através de processo disciplinar. Falha de comparência é um assunto muito sério, com sérias implicações no seu actual emprego, futuras transferências e promoções», acrescenta.

Noutro documento, a companhia admitiu ter recorrido «a voluntários e a tripulações estrangeiras» durante os dois dias de greve dos tripulantes de cabine, de forma a substituir os grevistas, o que é ilegal. Mesmo assim, muitos dos tripulantres optaram por não furar a greve, em solidariedade com os colegas.

Ryanair está acima da lei?

Além da actual repressão patronal contra a greve, a Ryanair também tem um historial de várias violações da lei laboral, motivo pelo qual a greve de três dias não consecutivos foi convocada. Amanhã é retomado o último dia.

Os trabalhadores exigem o cumprimento de várias matérias previstas na lei, entre as quais os direitos de parentalidade, a garantia de um ordenado mínimo e o fim de processos disciplinares por motivo de baixas médicas ou contra quem não atinja os objectivos de venda a bordo. É ainda contestada a deterioração das condições de trabalho e os vínculos de trabalho precários, alguns com 10 anos.

O SNPVAC apelou ainda a que «o Governo intervenha imediatamente e imponha à Ryanair o respeito pela soberania nacional e pelas leis portuguesas». A ACT já anunciou ter desencadeado uma inspecção para avaliar as irregularidades denunciadas.  

Amanhã, Vieira da Silva, ministro do Trabalho, vai ser ouvido no Parlamento a pedido do PCP. Os comunistas afirmam que esta situação é de «extrema gravidade» e que «não pode passar impune».

Com agência Lusa

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