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Ryanair admite que está a substituir grevistas

No segundo dia de greve na Ryanair, o SNPVAC afirma que a adesão ultrapassa os 90%. Por sua vez, a empresa admitiu ter recorrido a «voluntários» e a tripulantes estrangeiros para furar a greve, violando a lei.

CréditosRoman G. Aguilera/EPA / Agência Lusa

A Ryanair admitiu hoje ter recorrido a voluntários e a tripulação estrangeira durante a greve dos tripulantes de cabine, de acordo com um memorando interno a que a Lusa teve acesso. A confissão comprova as ilegalidades denunciadas na quinta-feira.

«Agradecemos a todos os que trabalharam na última quinta-feira, o vosso apoio é muito apreciado. Durante a greve portuguesa, muitas das nossas tripulações chamadas ao dever, juntamente com alguns voluntários extra e rotações vindas de bases não portuguesas, [fizeram] com que provocássemos apenas pequenas perturbações nos nossos voos e aos clientes», lê-se no documento.

Além da realidade não corresponder à narrativa contada pela Ryanair, com vários voos cancelados, várias equipas de tripulantes estrangeiros, trazidos de propósito pela companhia com o propósito de furar a greve, têm recusado fazê-lo assim que descobrem. O sucedido aconteceu com os colegas de Madrid que, no aeroporto de Lisboa, recusaram fazer os voos, em solidariedade para com os colegas portugueses.

Adesão acima dos 90%

Luciana Passo, presidente do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), em declarações aos jornalistas, afirmou que a adesão à greve dos tripulantes de cabine da Ryanair «é superior a 90 por cento».

Os trabalhadores cumprem, desde da meia-noite deste domingo de Páscoa, o segundo dia de greve - de três não consecutivos - para exigir que a companhia aérea irlandesa cumpra a lei nacional. O último dia será a 4 de Abril.

Em causa está o incumprimento pela companhia low cost da legislação laboral nacional em determinadas matérias, tais como a violação dos direitos da parentalidade, a atribuição de falta injustifica por baixa médica, a garantia de um ordenado mínimo ou os vários processos disciplinares contra quem não atinja os objectivos de venda a bordo.

Além disso, é contestada a deterioração das condições de trabalho, realçando a existência de «contratos precários há mais de dez anos» e a recusa da empresa em tratar os tripulantes com o «mínimo de respeito e dignidade humana, exigível a qualquer empresa a laborar em Portugal».

Segundo o SNPVAC, durante a manhã de hoje, dos oito voos previstos no aeroporto Porto, cinco foram cancelados. Em Lisboa, dos cinco (um era voo doméstico, com destino ao Porto), dois foram cancelados. De Faro, só saíram três de sete.


Com agência Lusa

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