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|transporte fluvial

Ligação fluvial entre Lisboa e a Margem Sul tem sofrido constantes perturbações nos últimos meses

Desinvestimento do PSD e do CDS-PP no transporte fluvial ainda se sente

Entre 2011 e 2015, o grupo Transtejo perdeu 10% dos trabalhadores e o investimento na frota passou de mais de 3 milhões para 53 mil de euros. Em cinco anos, apenas quatro em 30 navios tiveram intervenções de fundo.

A frota da Transtejo apresenta vários problemas de manutenção
A frota da Transtejo apresenta vários problemas de manutençãoCréditosPedro Simões / cc-by-2.0

A comparação dos relatórios e contas do grupo Transtejo durante o período em que o PSD e o CDS-PP estiveram no governo (o último, referente a 2015, divulgado o mês passado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários), mostra o nível de desinvestimento a que foi votado o transporte fluvial no estuário do Tejo.

Nesses anos, apenas quatro navios catamarã que fazem a ligação entre o Barreiro e o Terreiro do Paço foram alvo de intervenções de recondicionamento das máquinas: o Jorge de Sena, o Antero de Quental, o Pedro Nunes e o Fernando Pessoa. Todos os cacilheiros, ferries e os catamarãs que fazem as ligações entre o Montijo, o Seixal e o Cais do Sodré ficaram de fora dos investimentos.

Também o quadro de pessoal foi duramente reduzido, com um corte de 10% nesses anos (que ascende a 12%, se a comparação for feita com o ano de 2010). Em média, o grupo Transtejo teve 463 trabalhadores ao seu serviço em 2015, quando cinco anos antes foram 513. Com isto, sofreram os utentes e os trabalhadores, que, em média, passaram a fazer mais meia-hora por semana, de acordo com os dados que constam nos relatórios entre 2011 e 2015.

No mesmo período, a transferência do transporte de automóveis em ferries de Cacilhas para a Trafaria, em 2013, bastante criticada por utentes e pelas autarquias de Almada, custou quase 175 milhões de euros em obras nos cais de embarque, para permitir essa alteração.

Nos últimos meses têm-se repetido supressões de carreiras no transporte fluvial, particularmente por avarias e carência de navios. No caso da ligação do Montijo e do Seixal, a Transtejo chegou a colocar autocarros a fazer o percurso por via rodoviária. Também na ligação de Cacilha-Cais do Sodré têm sido suprimidas carreiras.

Vários utentes têm denunciado o «desvio» sucessivo do navio São Jorge, um cacilheiro, para o Montijo, em substituição de catamarãs que demoram menos 50% do tempo a fazer a travessia, com maior conforto. Foi esse navio que, no dia 5, não chegou a atracar no Cais do Sodré, sendo desviado para Cacilhas (Almada).

As comissões de utentes do Barreiro, do Cais do Seixalinho (Montijo) e do Seixal agendaram para amanhã, dia 14, uma concentração com o mote «Navega é preciso!», no terminal fluvial do Cais do Sodré.

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