As denúncias não são novas, mas após reunião da Coordenadora das Comissões de Utentes do Litoral Alentejano com membros de todas as comissões de utentes da região, há novas acções de luta em curso. No caso do Itinerário Complementar (IC) 1, vai ser realizado um folheto para alertar a população e exigir ao Ministério das Infraestruturas a reparação urgente desta via. Mas há outras, como as nacionais 261 (Comporta-Melides), 253 (Comporta-Montemor-o-Novo) e 390 (Abela-São Domingos), entre outros exemplos, «em péssimo estado», denuncia comunicado da coordenadora.
Neste âmbito, a Comissão de Utentes dos Serviços Públicos do Concelho de Santiago do Cacém vai entregar ao Presidente da República, ao primeiro-ministro e ao ministro das Infraestruturas, entre outras entidades, um abaixo-assinado com mais de 1000 assinaturas a exigir a reparação das diversas estradas neste concelho. Ainda no plano da mobilidade, a Comissão de Utentes dos Serviços Públicos do Concelho de Grândola vai também realizar um abaixo-assinado pela reparação e melhorias na estação dos comboios da Vila Morena. «Não oferece o mínimo de condições aos utentes, porque os bancos estão degradados, não tem casas de banho, não tem bilheteira», lê-se na nota.
Na região do Litoral Alentejano há cerca de 25 000 utentes sem médico de família, situação que, segundo as comissões de utentes, irá agravar-se pelo facto de haver três médicos de Medicina Geral e Familiar do Centro de Saúde de Grândola que vão reformar-se até ao final do ano. Quanto a infra-estruturas, denunciam que as obras no Centro de Saúde de Grândola estão a decorrer «muito lentamente», o que «está a gerar muita contestação». Enquanto que o Centro de Saúde de Alcácer do Sal aguarda obras há mais de um ano, «com o estaleiro já montado».
Sobre o Hospital do Litoral Alentejano (HLA), a Coordenadora das Comissões de Utentes lembra que, quando foi construído, estava previsto um espaço para maternidade, «mas nunca houve vontade política» para a concretizar. Entretanto, os utentes opõem-se ao encerramento das maternidades dos hospitais de Setúbal e do Barreiro.
A estrutura denuncia ainda a degradação de outros serviços públicos, como o serviço de Finanças de Grândola, que não tem tesouraria. «Caso o utente necessite desse serviço tem que deslocar-se a Santiago do Cacém, que por sua vez, só funciona 1 dia por semana», critica. A Coordenadora das Comissões de Utentes do Litoral Alentejano, que vai solicitar reuniões aos diversos ministérios, «pela defesa e valorização dos serviços públicos», refere ainda que os diversos serviços de Finanças e de Registo Civil da região têm falta de trabalhadores.
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