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Saúde em Odemira é «muito» precária, criticam utentes

A Comissão de Utentes dos Serviços Públicos de Odemira reprova a falta de pessoal e as obras que não saem do papel, e reclama medidas que atraiam profissionais de saúde, como a valorização dos salários.

Créditos / Sul Informação

Após participar no Fórum da Saúde de Odemira, no passado sábado, a Comissão de Utentes dos Serviços Públicos daquele concelho emitiu uma nota intitulada «Odemira com Serviços de Saúde Muito Precários», onde volta a traçar o diagnóstico das carências verificadas pela população, designadamente ao nível dos cuidados de saúde primários. Na freguesia de Vila Nova de Milfontes, que aguarda há mais de 20 anos por uma nova extensão de saúde, a Comissão de Utentes reivindica que, a par da construção urgente dessa unidade, o horário na actual extensão seja alargado, funcionando sempre a partir das 8h até às 24h, durante a semana, e até às 22h, aos fins-de-semana e feriados. 

Na freguesia de São Teotónio, com cerca de 9000 utentes, 30% destes não têm médico de família. Ao alargar a análise a todo o Litoral Alentejano, a Comissão de Utentes constata que há cerca de 25 000 utentes nesta situação.

Em Luzianes-Gare, cuja extensão de saúde foi encerrada há mais de dez anos, os utentes desta freguesia são obrigados a deslocar-se a Santa Clara-a-Velha para obter uma consulta médica. Já na Extensão de Saúde de Almograve, as obras «muito aguardadas» e prometidas em Novembro de 2023 ainda não se iniciaram. 

Relativamente aos Balcões SNS 24, instalados nas localidades de Bicos e de Luzianes-Gare, a Comissão de Utentes defende que não só «não resolvem» o problema das extensões de saúde encerradas, como agravam a precariedade do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Entre outras críticas, refere que as teleconsultas «desvirtuam o princípio humanizante da Medicina de proximidade, com consequências negativas para avaliações clínicas», sendo impossível realizar muitos procedimentos. 

A falta de médicos provoca também longas listas de espera para consultas no Hospital do Litoral Alentejano, em Santiago do Cacém, designadamente na especialidade de ginecologia, que lidera com cerca de 400 dias de espera. Mas nem só da ausência de clínicos se tece o rol de queixas dos utentes. A comissão afirma que fazem faltam cerca de 100 enfermeiros em toda a Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano e que só desde o passado mês de Janeiro já saíram mais de dez profissionais.

Neste sentido, a estrutura reclama a adopção de medidas, como a valorização salarial e das carreiras, de forma a atrair os profissionais de saúde em falta, e a abertura de concursos médicos para ocupação de vagas de Assistente Graduado Sénior para o Hospital do Litoral Alentejano, «de modo a optimizar a idoneidade na formação» de novos médicos internos. 

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