É o culminar de um longo e profundo processo democrático, assim como o alinhavar da táctica necessária para fazer frente ao ciclo político do presente. A Juventude Comunista Portuguesa (JCP) vai realizar este fim-de-semana o seu 13º Congresso, momento alto da vida da organização que ao longo da sua história tem demonstrado ser o principal motor da luta juvenil.
Fortemente ligado à vida, sob o lema «Nas nossas mãos, o mundo novo», o Congresso da JCP é resultado de um processo de preparação único. À discussão de todos os militantes esteve um Projecto de Resolução Política, documento que espelha a avaliação colectiva que os jovens comunistas fazem da actual situação política nacional e internacional, da própria organização e os passos a dar no desenvolvimento da acção reivindicativa.
Neste documento, ao contrário dos últimos, estiveram propostos 13 objectivos a serem cumpridos até ao Congresso que passam pela «ligação à realidade, vida, dinâmicas e reivindicações da juventude»; a afirmação da JCP no ensino secundário, profissional e superior; o reforço da organização com novos recrutamentos; o reforço das organizações regionais; o fortalecimento do caráter de massas da organização; ou o desenvolvimento da unidade nas diversas expressões do movimento juvenil, como o Movimento Associativo Estudantil e o Movimento Sindical Unitário.
Sobre o Congresso em si, ao longo de dois dias o vasto número de intervenções realizadas pelos delegados dará conta do estado actual da JCP, do trabalho desenvolvido pelos vários colectivos, experiências de acção e o nível de intervenção dos comunistas nas várias esferas da vida.
Além das intervenções que visam dar conta das múltiplas realidades nas escolas, faculdades e locais de trabalho, no sábado, o Congresso contará também com uma intervenção da Federação Mundial da Juventude Democrática, organização cuja presidência é detida actualmente pela JCP.
Para domingo estão previstos momentos de solidariedade com a Palestina, Cuba e Venezuela, algo que demonstra, inequivocamente, a faceta internacionalista que rege a organização de juventude do PCP.
Também no domingo, mas na sessão de encerramento, além de ser anunciada a composição da nova direcção nacional, eleita em Congresso, assim como dos organismos executivos, terá a palavra Paulo Raimundo, secretário-geral do PCP, o único da história centenária do partido que foi militante da JCP, tendo inclusivamente sido dirigente da mesma.
À parte da discussão política que acontecerá ao longo dos dois dias, a JCP convida todos os interessados a participarem no seu desfile que acontecerá sábado às 21h30, assim como na comemoração dos seus 46 anos, que se segue. A noite contará ainda com os concertos de Real Guns e de Vado Más Ki Ás, rappers que fazem do crioulo veículo para transportar a sua crítica social mordaz.
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