A vila de Alvalade (também conhecida por Alvalade-Sado, pela sua relação com o rio) recebeu o seu foral em 1510, pelas mãos de D. Manuel I, mas a ocupação deste território precede esse evento por milhares de anos. Achados arqueológicos encontrados nesta zona sugerem uma presença persistente desde o período do neolítico, para além dos posteriores povoamentos romanos. Alvalade deixou de ser concelho em 1834, mantendo-se até aos dias de hoje como sede de freguesia.
A festa Alvalade Medieval, já na sua 22.ª edição, celebra uma parte significativa desta longa história. Em 2025, as lavadeiras são o tema escolhido, numa «homenagem a uma profissão extinta que marcou a cultura local». Também a atribuição da Carta de Foral a 20 de Setembro de 1510, há 515 anos.
As portas do Mercado Medieval abrem, de 19 a 21 de Setembro, às 12h. Pelo centro histórico e pelas ruas da vila, «centenas de figurantes trajados a rigor» vão recriar «as vivências do burgo», explica a Câmara Municipal de Santiago do Cacém (CMSC). Os visitantes vão encontrar «artesãos, cartomantes, pedintes, cavaleiros, donzelas, trovadores, odaliscas e sua Alteza Real D. Manuel I, acompanhado da sua corte, enquanto nas tabernas os cheiros e sabores de outros tempos se fazem sentir».
«O ponto alto da iniciativa é o cortejo do rei D. Manuel I e do seu séquito pelas ruas do burgo, seguido da dramatização do momento em que El-Rei D. Manuel I concede a Carta de Foral a Alvalade». Para além de «inúmeras teatralizações», vão realizar-se «espectáculos de dança e de música medieval e oriental, de fogo, de répteis, de saltimbancos, de malabarismo, demonstrações de armas e um torneio medieval».
Organizado pela Associação Amigos de Alvalade, o Alvalade Medieval conta com o apoio da Câmara Municipal de Santiago do Cacém e da Junta de Freguesia de Alvalade.
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