No comunicado, a Plataforma o denuncia que o Executivo de Luís Montenegro «cedeu às pretensões da ANA / Vinci de ampliar o aeroporto Humberto Delgado, num investimento de 300 milhões de euros notoriamente caro e ocioso, relegando assim para segundo plano a construção da nova solução aeroportuária».
O movimento cívico critica ainda a falta de prioridade aos impactos na saúde pública, sublinhando que o Governo «deveria, antes de mais, estar preocupado com os direitos dos cidadãos e, em particular, com o brutal impacto na saúde, sono e bem-estar de milhares de habitantes dos concelhos de Lisboa, Loures e Vila Franca de Xira».
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O comunicado recorda que em 2022, ainda na oposição, Luís Montenegro se tinha comprometido com António Costa «a uma solução de regime que permitisse deslocalizar o aeroporto da Portela». Contudo, acusa a actual governação de «uma série de retrocessos e tergiversações que evidenciam precisamente essa ausência de vontade política», sendo que o prazo previsto para o novo aeroporto já se estende a dez anos.
A Plataforma denuncia igualmente a adjudicação de contratos no valor de 300 milhões de euros «mesmo antes de ser conhecido o plano, ao consórcio liderado pela Mota-Engil», e alerta que alterações operacionais do Aeroporto Humberto Delgado irão afectar populações de outros concelhos, como Moita, Barreiro e Cascais
Perante o que classifica como «flagrante violação do interesse público, favorecendo os interesses privados e o lobby turístico», o movimento apela à Agência Portuguesa do Ambiente para chumbar o projecto, defendendo que «é urgente construir o aeroporto Luís de Camões. Não daqui a dez anos. Hoje. Porque na verdade já deveria ter sido ontem».
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