Esperava-se que entre os dias 11 e 12 de Outubro, em Lisboa e no Porto, o público português pudesse assistir a dois concertos dos Bob Vylan, banda britânica que iria fazer a primeira parte dos Gogol Bordello na sua tour. Acontece que depois da polémica no festival Glastonbury a censura não cessa. Recorde-se, que a banda proferiu cânticos contra o exército de Israel.
Num comunicado inicial, os Bob Vylan avançavam que «por questões logísticas» decidiram não participar na tour europeia dos Gogol Bordello, porém a história teve desenvolvimentos. Num segundo comunicado, este já lançado pelos Gogol Bordello, foi revelado que o duo britânico foi alvo de censura por parte da promotora responsável pelos concertos agendados.
Garantindo que não tinha sido decisão sua, os Gogol Bordello dão conta que foi a promotora a cancelar a a participação dos Bob Vylan nos espectáculos agendados na Alemanha. «No rescaldo [dessa decisão], decidimos retirar os Bob Vylan desta digressão, até podermos compreender a situação na íntegra. Após a explicação dada pelos Bob Vylan, discutimos a possibilidade de se juntarem a nós noutras datas. Infelizmente, e logisticamente, não lhes é possível participar nesta digressão, dadas as circunstâncias», pode ler-se no comunicado da banda.
A promotora em questão é a Last Tour, com forte presença presença em Espanha, Portugal e América Latina, e que, além de agenciar artistas, organiza diversos festivais como o Bilbao BBK Live é também responsável pelo MEO Kalorama. Este último festival viu aprovado na Câmara Municipal de Lisboa, com votos a favor de PSD/CDS‑PP/Aliança e abstenção do PS, um apoio não financeiro de 988 579 euros, dos quais 511 687 euros são em isenções de taxas municipais.
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