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Sindicato britânico exige fim da corrida armamentista

Numa moção em defesa da paz, membros do National Union of Rail, Maritime and Transport Workers (RMT) instaram o governo britânico a deixar de proporcionar ajuda militar à Ucrânia.

Imagem de Mariupol, na região do Donbass 
Imagem de arquivo Créditos / slavyangrad.es

Segundo revela o Daily Telegraph, a moção de paz é uma iniciativa da secção do RMT em Paddington (Londres) e foi aprovada no encontro anual do sindicato dos transportes em Manchester, na semana passada.

Nela, os sindicalistas pedem aos ministros do governo trabalhista que «se comprometam a trabalhar em prol de um acordo de paz diplomático, negociado e de longo prazo».

«Apesar de o governo conservador ter sido derrotado pelo Partido Trabalhista nas eleições gerais de 2024, o Reino Unido continua a assumir um papel beligerante nas relações internacionais, ao fornecer armas de fabrico britânico, apoio militar, empréstimos e milhares de milhões de libras de dinheiro público numa tentativa falhada de derrotar a Rússia militarmente na Ucrânia», declara o texto.

Os membros do sindicato dos transportes britânico afirmam que «rejeitam a política de baixar o nível de vida para financiar a política de uma guerra interminável e em escalada que o ano passado nos conduziu à beira do armagedão nuclear».

Um representante do RMT explicou que a iniciativa apela à redução da tensão nas zonas de conflito pelo mundo fora – «em Gaza, no Iémen, no Irão e também na Ucrânia».

Sublinhou que, embora o sindicato não apoie as acções de Moscovo contra Kiev, «enviar armas para um lado contra o outro é contraproducente e não contribui para criar as condições para uma solução pacífica» do conflito.

Por seu lado, o secretário-geral do RMT, Eddie Dempsey, declarou que estava «plenamente de acordo com a posição do sindicato».

De acordo com informação oficial referida pela fonte, o pacote de apoio militar do Reino Unido à Ucrânia em 2025 deve atingir o valor-recorde de 4,5 mil milhões de libras (mais de 5,2 mil milhões de euros).

Segundo indica a Prensa Latina, a Embaixada da Rússia em Londres tem declarado de forma reiterada que não representa uma ameaça para o Reino Unido. Também instou o governo britânico a não promover o «sentimento anti-russo», para assim justificar o aumento das despesas militares.

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