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Movimento pela paz nos EUA pede ao Congresso que não financie a guerra na Ucrânia

A Codepink – Women for Peace e a coligação Peace in Ukraine lançaram uma petição, que irão entregar ao Congresso em Outubro, para travar o financiamento da guerra na Ucrânia.

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Manifestação em Washington pela paz e contra «as guerras intermináveis» dos EUA, a 18 de Março de 2023 / @answercoalitionCréditos

Com o conflito na Ucrânia «a intensificar-se» e «o perigo crescente de um confronto directo entre os EUA e a Rússia», as duas organizações decidiram lançar um novo plano de acção, que se centra no Congresso norte-americano e que designaram como «A Urgência de Procurar a Paz na Ucrânia».

O propósito é pedir aos representantes eleitos que apoiem «cessar-fogo, diplomacia e fim das armas», revelam em comunicado, no qual defendem que o Congresso deve representar as necessidades e os desejos das pessoas no país, daqueles que não podem pagar a renda da casa ou comprar medicamentos que salvam vidas e outras necessidades básicas.

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Milhares em Washington pela paz e contra «as guerras intermináveis» dos EUA

Mais de 200 organizações apoiaram a manifestação deste sábado, em Washington, contra a «máquina de guerra» dos EUA e da NATO, quando passam 20 anos sobre a invasão norte-americana do Iraque.

Manifestação deste sábado em Washington 
Créditos / @answercoalition

Milhares de pessoas manifestaram-se ontem na capital federal dos Estados Unidos, exigindo que as enormes verbas que o país destina à guerra sejam direccionadas para «as necessidades das pessoas» – mais emprego, melhor educação e saúde, entre outros sectores.

Pelo centro da cidade, muitos manifestantes exibiram cartazes em que se lia «Alimentar o povo, não o Pentágono», «Financiar as necessidades das pessoas, não a máquina de guerra», «Dissolução da NATO», «Não à NATO, sim à Paz» ou «Não à guerra com a China».

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Em discursos que precederam a marcha e ao longo da manifestação, foi central a denúncia do belicismo norte-americano, tendo-se ouvido vozes a exigir à Casa Branca que defenda a paz e o diálogo, em vez de prestar ajuda militar à Ucrânia, e a criticar Washington por não querer saber do futuro dos ucranianos, «apenas manter a sua hegemonia».

Além de reivindicarem repetidamente a dissolução da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) e o encerramento das mais de 700 bases militares que EUA e NATO têm pelo mundo fora, os manifestantes denunciaram o militarismo norte-americano e lembraram que o Pentágono «não aprende com os próprios erros».

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Para o mostrar, alguns manifestantes exibiram bandeiras e caixões com bandeiras dos países que foram vítimas do intervencionismo norte-americano, também por via da aplicação de sanções.

Na sua conta de Twitter, a Answer Coalition, uma das promotoras da mobilização, afirmava a propósito: «Lembrem-se do Iraque! Basta de guerras assentes em mentiras! No 20.º aniversário da invasão criminosa do Iraque pelos EUA [20 de Março de 2003], manifestámo-nos em Washington para exigir paz na Ucrânia e dizer Não à campanha de guerra norte-americana, Não à guerra infindável e Não à austeridade!»

Outro ponto em destaque este sábado na capital dos EUA foi a denúncia do papel assumido pela comunicação social dominante, que foi acusada de fabricar inimigos e atiçar os conflitos.

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Brian Becker, director da Answer Coalition, foi um dos que abordaram a questão, afirmando que a «comunicação social dominante decidiu boicotar o povo norte-americano quando se posiciona contra a máquina de guerra». Apontou o dedo a grandes cadeias de TV e jornais, que acusou de serem «apenas câmaras de ressonância do Pentágono».

Answer Coalition, The People's Forum, Codepink, Black Alliance for Peace, United National Anti-War Coalition, Veterans for Peace, Roger Waters, Cuba and Venezuela Solidarity Committee, Samidoun Palestinian Prisoner Solidarity Network são algumas das mais de 200 organizações que subscreveram o manifesto subjacente à mobilização.

Nele, também se diz «não» a uma eventual guerra com a China; pede-se o fim do apoio dos EUA ao «regime de apartheid» israelita, o fim da ingerência no Haiti e o fim do AFRICOM – Comando dos Estados Unidos para África; exige-se o fim do racismo e da discriminação nos EUA, bem como a libertação de todos os presos políticos, incluindo Mumia Abu-Jamal e Julian Assange.

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O mais recente pedido de financiamento realizado pelo presidente Biden irá colocar o custo desta guerra aparentemente interminável em 140 mil milhões de dólares para os contribuintes norte-americanos, a maior parte dos quais vive de salário em salário, lutando para sobreviver, alertam.

Sublinhando que não existe uma solução militar, «apenas dor, à medida que os Estados Unidos intensificam uma guerra por procuração entre a Rússia e os EUA», ambos os grupos, apoiados por dezenas de outras organizações anti-imperialistas e de defesa da paz, destacam que, numa sondagem recente, 55% dos norte-americanos se opõem a mais financiamento para alimentar a guerra na Ucrânia.

Isto, num contexto em que «34 milhões de pessoas, nos EUA, sofrem de insegurança alimentar, dois milhões não têm acesso a água potável, 650 mil não conseguem pagar as suas despesas de saúde e mais de meio milhão estão sem casa».

Apesar desta situação e da oposição crescente, a Casa Branca pediu mais 24 mil milhões de dólares, sobretudo para armas e treino militar, o que só servirá para prolongar a guerra e o sofrimento.

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Norte-americanos manifestam-se em Washington contra a guerra e a NATO

Entre outras reivindicações, os manifestantes exigiram, este domingo, o início de conversações de paz na Ucrânia, menos dinheiro para o Pentágono e a dissolução da NATO.

Manifestação «Ira contra a máquina de guerra» em Washington, DC, a 19 de Fevereiro de 2023 
Créditos / ruptly.tv

Milhares de pessoas juntaram-se ontem de manhã no Lincoln Memorial, na capital federal dos Estados Unidos e, por volta das 12h30 (hora local), seguiram em direcção à Casa Branca.

A mobilização foi convocada por um grupo variado de organizações – libertários, verdes, progressistas, pacifistas, entre outros –, sob o lema «Rage against the War Machine» (ira contra a máquina de guerra).

Um dos objectivos previamente anunciados era chegar à sede da administração norte-americana, para deixar as exigências dos manifestantes no gabinete do presidente Joe Biden, a quem se referiram como «belicista-em-chefe» (warmonger-in-chief).

No decorrer da marcha, os manifestantes, entre os quais se encontravam figuras mediáticas, como comediantes, políticos e jornalistas, exigiram ao governo dos EUA que acabe com o financiamento militar à Ucrânia e que essas verbas sejam destinadas aos problemas sociais do país, refere a TeleSur.

Manifestante mostra um cartaz em que se lê «tirem as mãos da Rússia e da China» / @HelenaVillarRT

Ao intervir, o comediante Jimmy Dore sublinhou que «os dois partidos dos EUA», em alusão a Republicanos e Democratas, «apoiaram o envio de mais de 100 mil milhões para Ucrânia, em vez de os gastar a salvar vidas num sistema de Saúde universal. Preferem gastá-los a tirar vidas fora deste país, a sua especialidade».

Lembrando que os EUA são responsáveis pela instabilidade política na Ucrânia, ao «apoiar» o golpe de Estado de 2014 e ao sabotar os acordos de Minsk, os manifestantes em Washington exigiram que a Casa Branca deixe de enviar mais fundos para a guerra, que promova negociações de paz e ajude a evitar uma escalada que conduza a uma guerra nuclear de consequências inimagináveis.

Reivindicaram também a dissolução da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), a redução do orçamento destinado ao Pentágono e o fim da Agência Central de Inteligência (CIA).

Travar a inflação no país, a liberdade de Julian Assange e o fim do imperialismo norte-americano foram outras preocupações expressas pelos manifestantes em Washington, que exibiam cartazes com esta variedade de temas, também em solidariedade com a Palestina, a declarar que a China e a Rússia «não são inimigos» ou a criticar o papel assumido pelos EUA em países como o Iraque, o Afeganistão, a Líbia, a Síria ou o Iémen.

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«A resposta não é mais munições de fragmentação, munições de urânio empobrecido, aviões de combate de longo alcance ou F-16 com capacidade nuclear. Mais armas apenas irão encher os cofres dos fabricantes de armas nos EUA, empurrando o mundo para o precipício da Terceira Guerra Mundial», alertam.

A entrega da petição, com todas as assinaturas que conseguirem juntar entretanto, deve ocorrer a 4 de Outubro próximo, na Comissão de Relações Externas do Senado.

No dia anterior, está prevista uma conferência com a participação do professor Cornel West, candidato à Presidência dos EUA pelo Partido Verde em 2024; a co-fundadora da CodePink, Medea Benjamin; o jornalista Eugene Puryear e o comediante Lee Camp.

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