De acordo com os dados recolhidos pela Comissão de Liberdades do sindicato, só no mês de Maio foram documentados 137 ataques a jornalistas e meios de comunicação palestinianos.
Nestes, incluem-se o assassinato de 12 trabalhadores da imprensa e a destruição de quatro escritórios dos media, como resultado dos bombardeamentos israelitas em Gaza.
No seu mais recente relatório, publicado esta quarta-feira, o sindicato destaca ainda a deslocação forçada e perigosa de cerca de 350 jornalistas no enclave palestiniano, tendo sido registados os casos de aproximadamente 250 jornalistas no Sul da Faixa de Gaza (a maioria dos quais em Khan Yunis) e cerca de 100 no Norte do enclave.
«Isto privou-os dos seus meios de subsistência e colocou as suas vidas em risco, tendo em conta o genocídio que está a ser cometido contra o povo palestiniano na Faixa de Gaza», refere o organismo no seu portal.
Também no mês de Maio, refere o texto, «os mísseis israelitas atingiram um edifício na Faixa de Gaza que albergava um gabinete de comunicação social com quatro canais de satélite, destruindo-o».
O relatório refere-se também a agressões cometidas por tropas e colonos israelitas na Cisjordânia ocupada, onde a Comissão de Liberdades documentou 14 casos de espancamentos severos, vários dos quais resultaram em internamentos.
O relatório revela ainda 64 casos de jornalistas e equipas detidos e impedidos de trabalhar, 15 casos de jornalistas que sofreram asfixia por inalação de gás lacrimogéneo e cinco casos de intimidação a jornalistas com fogo real de cobrir os protestos.
Foram também registadas quatro tentativas de atropelamento a equipas de imprensa, três detenções, quatro processos levados a tribunais militares, duas intimações e três casos de demolições de casas de jornalistas na Faixa de Gaza.
O Sindicato dos Jornalistas Palestinianos tem sublinhado que estas agressões a jornalistas se enquadram numa campanha que visa reprimir o jornalismo palestiniano e impedir a divulgação dos crimes de guerra perpetrados por Israel.
Desde o início da agressão sionista a Gaza até ao momento da elaboração do relatório, o organismo registou a morte de 226 jornalistas e trabalhadores da imprensa.
O sindicato reafirma o empenho em continuar a trabalhar «com todas as partes relevantes para garantir protecção aos jornalistas, bem como para processar o regime de ocupação pelos seus crimes contínuos».
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