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Com apoio da China, Nicarágua inicia construção de grande central fotovoltaica

A construção do megaparque fotovoltaico em Nindirí reflecte a aposta das autoridades nicaraguenses na soberania energética, nas energias limpas e na melhoria do abastecimento de água às populações.

Imagem ilustrativa Créditos / el19digital.com

Com uma capacidade de 70 megawatts, a central solar no município de Nindirí (departamento de Masaya) permitirá alimentar os sistemas de bombagem da Empresa Nicaraguense de Águas e Esgotos (Enacal), indicou o seu presidente executivo, Ervin Barreda, na cerimónia oficial das obras, na passada sexta-feira.

A execução do projecto Enesolar-3, a cargo da Empresa de Construção de Comunicações da China (CCCC), visa melhorar os serviços de abastecimento de água potável, num quadro em que o país centro-americano avança para uma matriz energética mais sustentável.

Barreda informou que a central será construída numa área aproximada de 130 hectares, onde serão instalados 112 700 painéis solares, 200 inversores, 20 transformadores e uma subestação eléctrica de 230 quilovolts.

A sua produção anual será de 140 mil megawatts, cobrindo aproximadamente 40% da energia necessária para operar os sistemas de bombagem de água potável em todo o país e beneficiando directamente mais de 800 mil famílias nicaraguenses, revelou ainda o responsável da Enacal.

Ervin Barreda destacou que o consumo de energia eléctrica é a principal despesa operacional da empresa a que preside, pelo que a nova central constituirá um «apoio decisivo» para potenciar os serviços de água e saneamento, e reduzir as tarifas aos utentes.

O projecto da Enesolar-3 – acrescentou, citado pela TeleSur – junta-se a outros dois em construção em Malpaisillo (León) e San Isidro (Matagalpa), consolidando a estratégia nacional de energias renováveis promovida pelo executivo sandinista.

«Cooperação exemplar» com a China

«Obras de progresso, de desenvolvimento, de bem-estar, de vida e de paz, ao lado dos nossos irmãos da República Popular da China», afirmou na ocasião Laureano Ortega, assessor presidencial para a Promoção de Investimentos, Comércio e Cooperação Internacional da Nicarágua.

Ortega, que agradeceu ao povo e ao governo da China pelo apoio solidário, disse que a cooperação entre «esse grande país, de 1400 milhões de habitantes, com grande avanço económico e tecnológico», e a Nicarágua, «um país que está ainda em via de desenvolvimento», «deve servir como exemplo para o mundo inteiro», refere a Xinhua.

Também presente na cerimónia, o ministro nicaraguense das Finanças e Crédito Público, Bruno Gallardo, informou que a obra terá um investimento de 83 milhões de dólares, financiados pela China.

Já o embaixador chinês em Manágua, Chen Xi, fez questão de sublinhar as conquistas alcançadas por ambos os países em conjunto. «Estamos muito satisfeitos com as conquistas que alcançámos nas nossas cooperações amistosas, nas nossas cooperações sem condições e de solidariedade entre os povos», referiu.

Também pela parte chinesa, interveio o presidente do Instituto de Engenharia Energética da CCCC, Gan Xingqiu, afirmando que os prazos serão cumpridos e que, dentro de 18 meses, irá nascer a maior central de energia solar da Nicarágua – equipada com a tecnologia mais avançada da China.

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