A acção, intitulada Apagão da Habitação, visa denunciar a falta de políticas públicas eficazes que garantam o direito a uma casa digna. A plataforma Casa para Viver lembra que, em pleno século XXI, muitos bairros continuam sem acesso a eletricidade ou água canalizada, enquanto milhares de pessoas enfrentam despejos, rendas impossíveis e condições de vida precárias.
«O que falta em habitação pública e acessível, sobra em especulação financeira, hotéis para turistas e casas de luxo para residentes não habituais», afirma a organização numa nota de imprensa que dá conta da iniciativa.
A acção, além do protesto, terá ainda momentos de debate e cultura. O protesto simbólico contra a transformação de edifícios públicos em negócios de luxo contará com um almoço comunitário aberto a todos, debates sobre a crise habitacional e as próximas acções da plataforma. Depois de tudo isto será ainda apresentado um caderno reivindicativo de emergência para a habitação, aprovado na última assembleia da Casa para Viver.
A Casa para Viver acusa os sucessivos governos de negligência no combate à crise habitacional, permitindo que a especulação imobiliária e o turismo massivo destruam a possibilidade de uma vida digna para quem vive em Portugal.
«É preciso resolver os problemas da habitação para termos um país onde se possa viver», reforça a plataforma, que exige mais habitação pública e acessível; o fim da venda de património do Estado a fundos imobiliários; o controlo de rendas e combate à especulação; e soluções urgentes para famílias em risco.
A iniciativa que se realizará amanhã entre as 14 horas e as 18 horas pretende pressionar o poder político a agir. «A habitação não pode ser um privilégio. É um direito básico!», conclui a organização, convidando todos a participar no protesto.
Contribui para uma boa ideia
Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.
O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.
Contribui aqui